05 junho 2005

BLOCO DE ESQUERDA (1)



Passaram as eleições e Maio foi tempo dos partidos políticos perdedores se reunirem em por Congresso.
O BE, embora não tenha sido perdedor, também entendeu se reunir por Convenção – a sua quarta versão. Este partido, sempre quiz passar a mensagem que desde a sua fundação, que a pluralidade foi e há-de fazer parte do seu código genético. Mas a verdade é que já começam a existir sectarismos e centralização de opinião.
Se a cada dia que passa, a política me provoca mais descontentamentos, porque mais que se mude de Governos temos mais do mesmo. Apenas mudam as cadeiras, as caras são quase sempre as mesmas. É por este sentimento semelhante que me invade, que muitos portugueses nas últimas eleições aumentaram os seus votos neste partido.
Sempre fui contra partidos “extremistas”, e este, desde a sua existência me provoca uma alergia enorme. Julgam-se os donos da verdade. Detesto pessoas que têm a mania que sabem mais que os outros. Depois, desde a sua constituição, se espremermos bem as suas políticas, apenas parece que têm como única bandeira a defender – o aborto (a prolongação do período de tempo para interrupção), mas no pior sentido.
O que é facto, é que vivemos no nosso país numa era de facilitação e não de chamar a atenção das pessoas para as suas responsabilidades, então para facilitar tudo se despenaliza. È mais fácil defender que se prolongue os prazos para a IGV, do que educar os “casais”, a tomarem mais cuidados nas suas relações sexuais e não só por causa das gravidezes indesejáveis. Num período em que cada vez mais, se pratica sexo com parceiros diferentes, nem cuidados se tomam cuidados para evitar doenças como a sida. Quando este partido ou qualquer outro da esquerda defender e criar medidas para valorizar a vida, criar apoios para as mulheres serem mães, educar os mais jovens também na prevenção bem como os já adultos que se sentem que não têm condições económicas para “suportar” mais filhos, se não os querem ter então que se previnam.
O problema é mesmo a irresponsabilidade típica do nosso povo, em que pensa que só acontece aos outros, porque o planeamento familiar nos hospitais não funcionam assim tão mal, e quanto aos preservativos, são bem acessíveis hoje em dia, pois basta ir num supermercado, numa bomba de gasolina e para quem tem vergonha de os pedir directamente ao farmacêutico, têm-se aquelas maquinas que saem bastando por a moedinha e também os preços não são tão inacessíveis. Muitas vezes, gastasse dinheiro em coisas mais fúteis ou que prejudicam a saúde.
A este propósito, faz-me recordar o que o novo Papa chama de “cultura de morte” e de uma frase que pronunciou numa das suas últimas homilias – “A liberdade de matar não é uma verdadeira liberdade, mas uma tirania que reduz um ser humano a um escravo …”.