06 março 2016

"Preparei com carinho e com todo o meu amor uma refeição para ti. Aguardo ansiosamente que caia a noite, que chegue a hora do jantar. Saudades de ti, da tua presença, do teu cheiro, dos teus beijos, que me deixes louca.
Sufoco a olhar o relógio e os ponteiros que não avançam. Almejo a tua presença à mesa. Se vais gostar do manjar que te preparei. O vinho que escolhi na loja do bairro com a ajuda dum empregado tolo que me mirou de cima a baixo. Será que ele pressentiu como ia ser a nossa noite?
Vem meu amor não demores. Penso nas conversas que vamos ter à mesa. Espero que não sejam conversas vans, saudades de quando eras bem atrevido comigo, dos teus piropos, dos teus sms provocantes, marotos, ordinários, mas que me enlouquecem.
Vesti aquela lingerie preta que tu tanto gostas. Quando me olhava no espelho, as minhas mãos viajavam pelo meu corpo imaginando que eram as tuas mãos macias. Louca para que me dispas rápido, trago vestido o vestido preto, bem decotado, que me ajudaste a comprar e que no provador daquela loja cheia de gente, me fizeste tua.
Saudades de olhar, que me despes a alma só de olhar, a maneira depravada com que olhas quando uso um decote expressivo. Arrepias-me só de imaginar.
Vem meu amor não demores. Não deixes a comida esfriar, nem o meu corpo arrefecer. Faz-me tua na mesa, faz de mim a tua comida favorita, a tua sobremesa. Rega-me com o vinho, bebe do meu corpo.
Vem meu amor não demores. A lareira está acesa, quero que tenhas muito calor. O meu corpo ferve já desejosa de ti. Preparei um DVD, escolhi um filme erótico para assistir-mos depois. A empregada do videoclube, olha-me com inveja, será que também teve a premonição da louca noite que vamos ter?
Faz-me de mim actriz, repete comigo as cenas mais loucas do filme. Faz-me sentir uma estrela dum filme real.
Vem meu amor não demores. Aguardo por ti no sofá, onde quero que me arranques à força a roupa, que as atires no chão, desarruma tudo desarruma-me, despenteia-me, suja-me de ti. 
Quero sentir a tua boca a tocar a minha, as nossas línguas a encontrarem-se. Arrepia-me com os teus beijos, devora o meu pescoço como um vampiro, suga-me. 
Os meus seios estão sedentos dos teus beijos, os meus mamilos duros desejosos do teu toque, das tuas chupadelas.
Vem meu amor não demores. O meu sexo alaga a cada minuto que se aproxima a noite, a humidade repassa já as cuecas. Dá-me a tua mão, penetra-me com os teus dedos, abre caminho para os teus beijos, para a tua língua me saborear, inebria-te com o meu gozo.
Vem meu amor não demores. Ansiosa, por despir-te, arrancar-te à força a camisa, rebentar botão a botão. Quero mordiscar a tua orelha, marcar o teu pescoço, beijar o teu peito musculado. Que apetite voraz eu tenho. Uma gana louca, de te abrir o botão, ajoelhar na tua frente e baixar as tuas calças e provocar-te com um sorriso maroto. Fazer descer as tuas boxers com a boca. Ávida por beijar o teu sexo, bem devagar para te deixar ansioso, com o meu apetite por o sentir na tua boca. Excita-me a cara de prazer, quando te chupo. O teu coração acelera.
Vem meu amor não demores. Senta-te no sofá, deixe-me sentar no teu colo de frente para ti. Penetra-me, quero sentir a tua tesão dentro de mim. Tu e eu, um só corpo. Ligados pelo teu pénis. 
O meu sexo já não é um lago, é um oceano de tanto desejar. Sente o meu corpo a dançar sobre o tu. Lembra da primeira vez que fiz um strip para ti. Deixa-me dançar no teu varão. Dou-te de prémio os meus seios. Sinto os meus bicos tão tesos, quanto o teu sexo me deseja.
Vem meu amor não demores. Vem-te, vem-te não demores. Explode em mim, dentro de mim. Que o nosso gozo, que as nossas essências se misturem dentro de mim, como um cocktail para celebrar o nosso amor.
Vem meu amor não demores. Vem dormir esta noite comigo."
das Cartas ao meu Amor, Mulher Mistério