30 março 2005

Amor à leitura.

Os meus gostos são muito variados e gosto de ler vários géneros. Aqui poderia estar horas a "falar". Mas na minha adolescência dois livros me marcaram, “As Viagens de Marco Pólo”, “As Aventuras de Tom Sawyer” e “O Principezinho”. Na juventude as minhas leituras eram mais revistas e jornais. Tenho ainda no sótão a maioria da antiga Sábado, o primeiro número do Público, DN sempre, Correio da Manhã que era o mais acessível em tudo que era café, Expresso. Quando estudava na Secundária, bem que os profes mandavam ler os clássicos e para ultrapassar a coisa aquelas sebentas baratas resultaram, mas foi aos 18 aninhos que me apaixonei de facto por devorar livros. Uns me marcaram outros não. Sem ordem de preferência vou revelar daqueles que a memória ainda me lembra. Quem se lembra das histórias do Don Camillo do Guareschi (adaptado pró cinema por Fernadel), O Príncipe de Maquiavel; O Processo, de Kafka. Dos clássicos dos clássicos estrangeiros, “Os Miseráveis” de Victor Hugo; “Don Quixote” do Cervantes; “Crime e Castigo” do Dostoiewski; “Os Três Mosqueteiros” de Alexandre Dumas; “Por Quem os Sinos Dobram” de Hemimgway; “Fernão Capelo Gaivota” de Richard Bach; “O Grande Gatsby” de F. S. Fitzgerald e “O Triunfo dos Porcos” de Orwell. Dos clássicos portugueses primeiro dediquei-me a ler todos os livros de Júlio Dinis e daí o despertar da paixão para ler os outros autores da nossa terra. Do grande Eça elegi três, “Os Maias”, “O Crime do Padre Amaro” e “A Ilustre Casa de Ramirez”; do Camilo adorei “Amor de Perdição”. Alexandre Herculano e Garret não me tocaram nada. Depois vieram os que conforme iam sendo lançados e que iam sendo lançados ou relançados, “A Insustentável Leveza do Ser” e “Imortalidade” de Milan Kundera, “Cem Anos de Solidão” e a “Crónica duma Morte Anunciada” (tenho já para ler “Viver para Contá-la” e a “Crónica das Minhas Putas Tristes”) de Garcia Marquez, “Mulheres” de Charles Bukowski, “Sexus” os 2 "Trópicos" de Henry Miller; “Perfume” de Patrick Suskind; “O Diário de Anne Frank”. A minha paixão pela cultura oriental despertou-me a vontade de ler dois livros que recordo ainda, as “Memórias de Uma Gueixa” de Artur Golden e “Cisnes Selvagens” de Jung Chang. De Paulo Coelho e Isabel Allende, já li quase tudo e gostei. Da Susana Tamaro achei interessante "Vai aonde te leva o Coração". Do chileno Luís Sepúlveda o que mais gostei foi "O Velho que Lia Romances de Amor". Nas minhas múltiplas viagens a Espanha perco horas nas livrarias de lá mas os meus escritores espanhóis de eleição continuam a ser Camilo José Cela e Arturo Pérez-Reverte. Adoro mas infelizmente não dedico muito tempo à poesia e apenas vou lendo uns trechos, mas Herberto Hélder, Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) e Alexandre O'Neill e o chileno Pablo Neruda, são os meus eleitos. Estou em dívida com Agustina Bessa Luís, Shophia Mello Breyner e António Lobo Antunes porque embora tenha muita curiosidade em conhecer as suas obras, o tempo não chega para tudo. Do nosso Nobel tenho parte da sua bibliografia mas ainda não houve vontade de conhecer.

2 Comments:

At 12:24 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Oi! Adorei seu blog, está muito interessante!
Infelizmente, li poucos dos livros que vc citou. Tive a coragem (mas na verdade, foi obrigação) de ler Memorial do Convento, do José Saramago... tive muita dificuldade de ler, é muito cansativo, mas a história é fantástica... acho que o homem bebe chás alucinógenos, fuma qualquer coisa antes de escrever... hehehehe as histórias dele são muito doidas!
Não sei se vc leu alguma coisa do Machado de Assis. Eu li "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "Dom Casmurro", e são bons. Mas são daqueles "clássicos" da literatura brasileira, do realismo... recomendo também a poesia de Carlos Drummond de Andrade e de Vinícius de Morais, que são mesmo lindas! :)

 
At 6:44 da tarde, Blogger Adelaide Bernardo said...

Com Orwell percebi que por mais bonitas e ideais que as útupias sejam, o bicho homem não é perfeito o suficiente para as construir.
Já o meu contacto com o realismo fantástico da literatura sul-americana foi através da Isabel Allende, mas é claro que Garcia Marquez é incontornável. Recomendo também Jorge Luiz Borges.
No que diz respeito ao oriente, recomendo Salman rushdie, principalmente "O Chão que ela pisa".
Autores portugueses ou de expressão portugues favoritos são eles: Agualusa, Mia Couto, Inês Pedrosa e L. F. Veríssimo.

 

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