Loucuras antigas que renascem
Sonhos passados que ressuscitam
Fantasias improváveis de acontecer
Quis agora o tempo revelar
Abraça-me com a tua juventude
Envolve-me nos teus braços frágeis
Engano da enorme força que tens
Faz-me sentir o teu corpo franzino
Um sorriso que cativa
Olhar que seduz e se entranha
Lábios esculpidos por Deus, ensandecem
Vontade voraz de sentir a tua boca
Vestido branco despido com beijos
Lingerie preta arrancada à dentada
Roupas no chão, carnes nuas
Cama redonda ao centro, um altar
Ao colo carrego o teu corpo esguio
Doce cordeiro em imolação
Corpos em metamorfose
Bocas que se arrebatam
Mordidelas que enlouquecem
Mãos numa louca viagem
Dedos que se alagam
Odores que se fundem
Sexos que se unem
Tesão em penetração
Tecto e paredes, corpos em reflexo
Loucuras sem tabus
Kamasutra em execução
Cocktail de orgasmos
Um abraço que acalma
Banheira redonda, purificação
O cheiro do sexo dilui-se na água
Louco desejo, vil tentação
Corpos de novo em consumação.
Carlos Victorino
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