31 maio 2006

“CORPOS”


(fotografia a circular na net)

"Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um. O outro pelo qual estou apaixonado me designa a especialidade do meu desejo".
Roland Barthers (1915-1980) Crítico literário francês

26 maio 2006

POEMA PARA TODAS AS MULHERES



No teu branco seio eu choro.
Minhas lágrimas descem pelo teu ventre
E se embebedam do perfume do teu sexo.
Mulher, que máquina és, que só me tens desesperado
Confuso, criança para te conter!
Oh, não feches os teus braços sobre a minha tristeza não!
Ah, não abandones a tua boca à minha inocência, não!
Homem sou belo
Macho sou forte, poeta sou altíssimo
E só a pureza me ama e
ela é em mim uma cidade e tem mil e uma portas.
Ai! teus cabelos recendem à flor da murta
Melhor seria morrer ou ver-te morta
E nunca, nunca poder te tocar!
Mas, fauno, sinto o vento do mar roçar-me os braços
Anjo, sinto o calor do vento nas espumas
Passarinho, sinto o ninho nos teus pêlos...
Correi, correi, ó lágrimas saudosas
Afogai-me, tirai-me deste tempo
Levai-me para o campo das estrelas
Entregai-me depressa à lua cheia
Dai-me o poder vagaroso do soneto,
dai-me a iluminação das odes, dai-me o os cânticos
Que eu não posso mais, ai!
Que esta mulher

(Vinicius de Moraes)

04 maio 2006

NADA COMO UMA BIBLIOTECÁRIA MODERNA PARA ANIMAR A CULTURA

03 maio 2006

NADA COMO UM BANHO FRESCO



Nada como um banho fresco, para começar bem o dia e tratar da pele.

02 maio 2006

OU COMO TE SENTAS



Putos traquinas, que não se sabem sentar, é o que acontece depois de se armarem em expertinhos.

CUIDADO ONDE TE SENTAS



Quando não se presta atenção onde se senta, acontece sentir tremores de terra.

01 maio 2006

POESIA DE ELYEDRE MIREILA



Desabrochar

Você chega no meu círculo
E logo me uriço
Só não fico vermelha
Porque de sem vergonha
Muito eu tenho agora
Você bem o sabes
Me fez assim
Me tomou por inteira
Nem pediu permissão
E eu nem dei senha
Mas és o único
Mesmo que não o saibas
Tenho este segredinho
Para não perder o mistério
Me cubro de pétalas de flores
Esperando a primavera
Esperando o colibri travesso
Cheirando flor-de-laranjeira
Então você vem medonho
De repente eu não mais segura
Feito sol tímido
Entre as nuvens de uma tarde chuvosa
Mas logo passa
Logo sou rosa
E dasabrocho facinante
Aveludada e viçosa
E após a entrega
Sou arco-íris no horizonte.


Elyedre Mireila
(11/09/2002)