30 setembro 2005

JAMES DEAN - MORREU HÁ 50 ANOS



Ao volante de um Porsche 550 Spyder, a alta velocidade, James Dean morreu há 50 anos, a 30 de Setembro de 1955, e ainda é sinónimo de rebeldia e inconformismo e é também um mito do cinema que nunca chegou a saborear a fama conquistada em apenas três filmes.
O actor, que morreu com apenas 24 anos, teve uma das mais fulgurantes e breves carreiras no cinema, protagonizando apenas três longas-metragens, às quais se juntam algumas peças de teatro e programas televisivos.

20 setembro 2005

CONSTRUÇÃO CIVIL E A CRISE ECONÓMICA



Hoje vivemos uma crise económica e segundo notícias publicadas recentemente, o sector da construção é aquele que está a passar por maiores dificuldades.
Esta depressão económica não deriva só da situação da economia mundial mas no nosso país, principalmente por culpa da própria construção e por uma série de factores que lhe estão relacionados.
Nos finais dos anos noventa princípios desta era de dois mil, com e descida abrupta das taxas de juro, a procura de novas casas ou a moda da segunda habitação (porque o nosso país vive de modas), provocaram uma sobrevalorização louca não só dos preços da própria construção como também dos terrenos. Se culpa houve, foi dos próprios construtores, porque nesse tempo nem o preço da mão-de-obra ou dos materiais aumentaram.
O facto foi que nessa época, terrenos que eram colocados à venda pela quantia de cinco mil contos (falando na moeda antiga), acabavam por ser vendidos a quinze ou vinte mil contos, ou seja, duas ou três vezes mais que o devido valor, e digo isto, porque sei de casos que proprietários tinham a venda apalavrada por um determinado valor e em dias para não falar em horas logo aparecia um construtor concorrente como que a cobrir uma "aposta" e oferecia uns milhares acima do antes acordado, porque a procura era tanta, que muitas das construções eram vendidas ainda em projecto, em que nos contratos-promessa era acordado que o apartamento ou moradia só seria entregue um ou dois anos depois.
Foi a "ganância" dos construtores que julgando que este mar de rosas era eterno, não medindo as consequências, e por tal facto, consequentemente, perdoem a redundância, igualmente os proprietários, se começaram a pedir valores exorbitantes, provocando uma sobrevalorização irreal do valor real das propriedades.
Como diz o povo, que a culpa não morre solteira, os bancos também tiveram a sua quota-parte de culpa. Era atribuído empréstimo a qualquer "gato-pingado". Mesmo que na declaração de IRS se apresentasse um rendimento baixo, desde que que entregasse uma declaração da entidade patronal em que auferia um rendimento extraordinário de "x", e como se não bastasse a própria banca pactuar com os fugitivos aos impostos, ainda tentava aliciar os "clientes", com empréstimos extras, em que se conjuntamente contratasse um crédito pessoal para mobílias, carro, férias, etc., teria uma redução percentual na taxa de juro ao crédito para a habitação.
Em finais de dois mil e um a crise económica começa a dar os primeiros sinais de vida, o Governo de Guterres cai e a liderança do Executivo passa para a responsabilidade de Durão Barroso e a sua Ministra das Finanças (Dra. Manuela Ferreira Leite) devido aos grandes abusos, por mais que se alterasse a Lei do "Crédito Bonificado", em que mesma era sempre contornada de modo a se conseguir a benesse, coloca um fim à dita Lei e o mar de rosas tornou-se um oceano de espinhos.
Como da construção civil, dependem directa ou indirectamente todos os outros ramos da actividade, a crise mais depressa se instalou e agravou e os anunciados sinais de retoma continuam a ser uma miragem. A maioria daqueles que adquiriram casas neste período de vacas gordas, hoje, não consegue mais dar conta das despesas, ora com as prestações ao banco, ora porque entretanto com a vigência do novo imposto sobre a habitação aumentou desesperadamente, assim como outros impostos (IVA), que abusivamente, por desespero de causa dos Governos, para fazer face aos seus próprios erros, tomaram de assalto as nossas carteiras, assim como o factor Euro, que desde o seu "nascimento" o preço das nossas compras do dia-a-dia, devido ao simples acerto de cêntimos, a nossa capacidade de compra viu-se reduzida em muitos euros.
A crise tarda em ter um fim e actualmente, não porque deram conta dos seus erros, são os construtores em desespero de causa a baixar o preço das suas "existências", ou famílias como último recurso a "entregar" as suas casas aos seus "agiotas". Infelizmente muita boa gente ainda vive neste sonho em tons de rosa e pede quantias fabulosas por aquilo que é seu.

19 setembro 2005

CONSTRUÇÃO CIVIL E A SEGURANÇA NO TRABALHO



Hoje decorre nos EUA um seminário sobre a segurança e higiene no trabalho. A comunicação social a propósito de tal acontecimento publicou dados estatísticos do nosso país sobre este tema. Como é já "normal", o número de acidentes, sobretudo os mortais, na construção civil continua a ser assustador. A mesma comunicação social quer fazer parecer que a culpa é só dos patrões, por falta de cumprimento das normas de segurança mínimas, mas em boa verdade, a culpa tem de ser partilhada pelos próprios operários, isto porque a maioria dos ditos "construtores" resumem-se a pequenos empresários com meia dúzia de empregados em que o patrão só se distingue dos seus funcionários, porque lhes paga o ordenado, pois que com eles trabalham do nascer ao pôr-do-sol, pelo que o cuidado pelo cumprimento das leis é mínimo e como bons portugueses que são as regras não são para cumprir porque "acidentes" só acontecem aos outros.
Depois ou a fiscalização camarária ou é mínima ou corrupta. Falta legislação que permitissem às Seguradoras "embargar" as obras de que são detentoras das apólices que são necessárias para os construtores obterem o alvará necessário para o exercício da actividade.

17 setembro 2005

CITAÇÕES - ANTÓNIO DE CAMPOS



António de Campos, ex-eurodeputado

"O excesso de dinheiro que veio para Portugal acabou por comprar pessoas e interesses. Portugal recebeu milhões de contos e não teve estratégias para os aplicar. Hoje estamos praticamente no último Quadro Comunitário e já não podemos silenciar o problema. Foi um crime desbaratar milhões de contos e não orientarmos a política para as nossas potencialidades"
in "Diário de Notícias"

MY COMMENTS: Este político enquanto esteve no poder, andou cego? Só agora se apercebeu deste facto? É claro que o dinheiro dos QCA`s não deixou de ser investido, só que para negócios diferentes daqueles que os projectos apresentados foram aprovados. O dinheiro vindo da Comunidade Europeia foi bem aplicado, por agricultores e empresários em boas vivendas, bons carros e viagens de sonho. Hoje queixam-se que a agricultura está de rastos e a indústria por modernizar, mas a culpa não é só destes mas também dos sucessivos Governos, que não fiscalizaram o modo como o dinheiro foi aplicado. Em boa verdade, o problema é uma questão psicológica e de educação bem mais grave: o português é muito ciumento e se o vizinho compra o carro topo de gama, logo a seguir temos de adquirir um de nível superior. Enquanto os portugueses investiam em imobiliário para proveito particular, automóveis para confortavelmente dar nas vistas enquanto passeia a família, nuestros hermanos investiam o dinheiro para aquilo que realmente tinha sido solicitado e hoje enquanto andamos a penar pelos pecados cometidos, eles hoje inventem no imobiliário e no ramo automóvel como os lucros gerados da boa aplicação dada ao dinheiro recebidos dos QCA's.

16 setembro 2005

CITAÇÕES – HOMOSEXUALIDADE



TERESA TAVARES, actriz das séries "Os Serranos" e "Morangos com Açúcar", da TVI

"Não sei se não me apaixonaria por alguém do meu sexo ..."
In VIP

"A homossexualidade é o tema do momento e o público está a corresponder com enorme aceitação. Aliás é uma espécie de boom em toda a área dos audiovisuais"
Rui Vilhena, guionista da TVI, in Única

MY COMMENTS: Analisando estas citações, podemos que concluir que a homossexualidade está na moda. Tal como escrevi sobre a diferença de tratamento jornalístico entre dada aos políticos entre os partidos de esquerda e direita, deve-se ao facto da maior parte dos jornalistas e dos opinion maker’s estarem associados à esquerda sendo que muitos deles hoje não escondem as suas tendências sexuais, nomeadamente os homossexuais, a quem não deve ser retirado qualquer mérito pelas suas opções, mas a verdade é que nos últimos anos, associados a muitos factores, nomeadamente da internet, cada vez mais o tema está na moda e num verdadeiro assalto gradual ao poder estes conquistaram o seu espaço nos media e no poder político, conquistando em alguns países alguns direitos como o do matrimónio.

15 setembro 2005

A MELHOR CRITICA DE FILIPE LUÍS (VISÃO)



Sou um leitor assíduo de algumas revistas e jornais das nossas bancas, onde se inclui a revista "Visão". Na crónica semanal «Sexto Sentido» de Filipe Luís, hoje pode-se extrair da mesma uma critica que subscrevo na íntegra e transcrevo:
"Anda tudo doido com os nossos programas «fracturantes» do telelixo português. A julgar pelo Esquadrão G, estamos feitos. Cinco tipos um tanto ou quanto macilentos «melhoram» a imagem de um idiota de serviço. Olhando este bando de personagens com suposto «bom gosto», eu pergunto: e a eles, quem é que lhes melhora a imagem?"

14 setembro 2005

MAIS UMA NOMEAÇÃO «JOB FOR THE BOY»



O actual Governo socialista continua a fazer das suas quanto a nomeações. Não me admira o repetido espectáculo da "Dança das Cadeiras" sempre que se muda de Executivo, mas nomear para o principal órgão fiscalizador das contas do país, um deputado do partido que sustenta o Governo é no mínimo inaceitável.
Mesmo não sendo militante do Partido Socialista, o Dr. Guilherme Oliveira Martins é considerado o independente mais socialista de todos e de reconhecida competência, será sempre alvo de suspeita enquanto desempenhar as funções de Presidente do Tribunal de Contas.

13 setembro 2005

UM SOCIAL-DEMOCRATA PARA A CMVM


Carlos Tavares, social-democrata e Ministro da Economia do Governo liderado por Durão Barroso, foi nomeado para Presidente da Comissão de Valores e Mercados Mobiliários.
Também faz parte do espectáculo da política, o novo Executivo nomear alguém para liderar um organismos como a CMVM, de alguém de outras forças políticas para encapotar o número de nomeações para os boys, mas virem agora as hostes sociais-democratas reclamarem de tal indigitação é mais uma atitude de quem não tem espelho em casa. Uma boa oportunidade para estarem calados.

11 setembro 2005

ANIVERSÁRIO DA MORTE DE QUENTAL



Depois de uma vida em Lisboa e Vila do Conde, atacado por uma doença do foro psiquiátrico volta aos Açores, sua terra natal, onde se suicidou no dia 11 de Setembro de 1891.Antero Tarquínio de Quental nasceu em Ponta Delgada, no dia 18 de Abril de 1842. Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra; publicista, homem político, filósofo e poeta, desenvolveu uma intensa actividade no campo da escrita, da política e da produção de ideias. Pertenceu à chamada Geração de Setenta, grupo que pretendia renovar a mentalidade portuguesa, e participou nas Conferências do Casino. Foi amigo, entre outros, de Eça de Queirós e Oliveira Martins.

10 setembro 2005

TARZAN TABORDA, AGORA LUTA ENTRE OS DEUSES



Ontem, Albano Taborda Curto Esteves, com o nome de guerra de «TARZAN TABORDA» deixou o mundo dos vivos aos 78 anos.Não lhe foi dado muito valor e muitas vezes era "gozado", mas foi várias vezes campeão mundial e europeu de luta livre, foi duplo de cinema e terminou a sua vida como quiriopata.

08 setembro 2005

FESTA EM TROIA



O povo saiu à rua, como se fosse uma romaria de aldeia, com barraquinhas de bebidas, música, uns com máquinas fotográficas outros com binóculos na mão, para uma festa que teve direito a cabine presidencial para os responsáveis pelo espectáculo, com ecrã gigantes para os convidados especiais e direito a transmissão em directo para as Televisões nacionais e cobertura para algumas internacionais.
A implosão dos prédios da Torralta e o novo projecto que se vai construir é sem dúvida importante, pelo número de postos de trabalho que ali se vão criar e o desenvolvimento subsequente da região, mas será necessário tanto aparato?

07 setembro 2005

D. PEDRO IV E O PRINCÍPIO DA DESCOLONIZAÇÃO



D. Pedro IV, foi o precursor da descolonização, "libertando" o Brasil da soberania de Portugal. Foi falta de visibilidade de futuro, mas ainda é um facto que se verifica nos dias de hoje.
A nossa colonização foi muito diferente da inglesa, mas hoje a ligação do nosso país com as ex-colónias poderia ser muito semelhante à Commonwhealt britânica. As contingências históricas que levaram D. Pedro ao "Grito do Ipiranga" e a consequente independência do Brasil, foram bem diferentes da descolonização dos países africanos, dos territórios indianos e de Timor-Leste. Foi a ganância portuguesa primeiro da Coroa, depois da Primeira República e do Estado Novo que só depois de guerras em que muita gente morreu, outras ficaram com marcas quer físicas quer psicológicas que irão permanecer até ao fim dos seus dias, famílias desfeitas, que estes países conseguiram a sua independência. Não sou contra a independência mas sim contra a forma como foi feita. Qualquer que seja a colonização de um país já é de si um erro porque a potências colonizantes cometiam sempre excessos. Apropriação das riquezas naturais desses territórios, escravidão, violação das mulheres, muitas vezes menores de idade. A independência de governar deveria ter sido concedida desde o seu início, em que tal poder deveria ser exercido por naturais dessas terras tendo apenas como a referência do Chefe de Estado, o de Portugal, fosse ele o Rei ou o Presidente da República. Teriam sido evitadas quer a guerra colonial ou as guerras civis que se seguiram nos territórios africanos ou à ocupação indonésia de Timor. Com toda a certeza que o nível de pobreza nestes países hoje seria bem diferente. Hoje, projectos de cooperação como os PALOP não vão remediar e solucionar os erros do passado.

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL



Reza a História que foi no ainda não tão longínquo dia 7 de Setembro de 1822 que D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal proclamou o célebre "Independência ou Morte".
A expressão ficou imortalizada como o "Grito de Ipiranga", por o acontecimento se ter passado nas margens do pequeno riacho com aquele nome aqui às portas de São Paulo, e simboliza o corte do cordão umbilical da então colónia com a "mãe-Pátria".
Em 12 de Outubro de 1822 é aclamado imperador pelos padres do reino e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º. de Dezembro. No início de 1823 realizam-se eleições para a Assembleia Constituinte da primeira Carta do império brasileiro. A Assembleia é fechada em Novembro por divergências com dom Pedro I. Elaborada pelo Conselho de Estado, a Constituição é outorgada pelo imperador em 25 de Março de 1824.
Esse 7 de Setembro de 1822, ganhou, assim, jus a figurar na História Universal como marco de um novo capítulo da era colonial nas Américas, na Ásia, na Oceânia e na África, iniciada em Quatrocentos com a epopeia dos Descobrimentos. Um capítulo cujo ponto final apenas seria posto no terceiro quartel do século XX.
O "Grito do Ipiranga" foi o coroar de uma luta cujas sementes tinham sido lançadas já em pleno século XVII. Os "sentimentos nativistas e o amor à terra ultramarina" começaram a esboçar-se em solo brasileiro quando da guerra contra os holandeses, um período também marcado por um sentimento de superioridade dos naturais sobre os patrícios recém-chegados, que chegou a ser traduzido, por exemplo, pela afirmação de que "vale mais um homem soldado e natural do Brasil que vinte dos do reino"...
O acentuar das lutas internas, nas capitanias; a febre do ouro, a partir do desbravamento do interior pelos bandeirantes; o empenhamento das ordens religiosas na catequização dos índios e na educação dos colonos; o aparecimento de uma elite nos domínios da literatura, quantas vezes denunciadora de um sentimento anti-lusitano, estão na origem do avolumar das reacções contra as medidas impostas do exterior e cimentaram o desejo de independência.
Mas fique desde já assente que a Independência do Brasil não resultou duma simples proclamação de D. Pedro. Ela decorreu de um longo processo de decadência do sistema colonial português, marcado pelos crescentes movimentos conspiratórios sintomáticos no Brasil, como a Inconfidência Mineira, a Revolução Pernambucana ou a Revolta dos Alfaiates, todas elas marcadas como manifestações de ideias liberais.
A independência apenas é reconhecida por Portugal em 1825, quando dom João VI assina o Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil.