30 novembro 2013

Está um dia frio e triste. Não apetece sair. Deito-me no sofá, para ver pela janela a chuva que entretanto vem de visita. Cai forte, soando nas telhas como uma melodia triste. Os pingos batem cada vez mais fortes nas telhas, parecendo um pianista revoltado carregando brutalmente nas teclas dum piano desafinado.
Sinto o corpo adormecer e o meu cérebro a viajar pelo mundo dos sonhos. Vejo surgir-te no horizonte, vestida com uma capa negra. Vais aproximando-te de mim, mais do que alguma vez estivemos perto. Contemplava-te apenas através da minha janela quando te via passar na nossa rua. Nem sequer trocamos palavras de conveniência, e estavas a um palmo de mim. Deixas cair a tua capa, e o teu corpo sensual apenas fica coberto por um corpete vermelho que realça as tuas formas e a tua sensualidade. Sinto as tuas mãos a tocar-me, subindo palmo a palmo suavemente pelo meu corpo. Sussuras algo doce, sinto os teus lábios a aproximarem-se dos meios, e desperto com o teu beijo. Oh Tareco, porque me acordas-te dum sonho tão bom.






28 novembro 2013

No silêncio da tua ausência, deito o meu corpo nú, sobre os lençóis que ainda exalam o teu perfume. Fecho os olhos e dou por mim, a sonhar, a reviver os nossos momentos. Na minha mão surge uma vontade súbita de procurar o meu centro de virilidade, julgado ser as tuas mãos pequenas, brancas e delicadas a fazer reacender o meu desejo, acariciando-me de forma ritmada e num ritmo crescente. Passando mil e uma imagens na minha cabeça dos nossos actos voluptuosos e carnais, carregados de amor, senti o meu corpo explodir, almejando que tamanha explosão tivesse sido de novo no interior do teu ser, e que o teu corpo fosse um sacker que misturasse as nossas provas de prazer num prémio do nosso amor.