30 abril 2005

Pensamento do dia

"Esperto, esperto é o pato...

Já nasce com os dedos colados, para não pôr aliança! "

Uma semana difícil

Embora ideias e motivos para escrever no blogue, foi uma semana difícil e agitada, e quase não consegui sentar na frente desta máquina chamada computador. Mesmo hoje sábado trabalhei imenso e só agora estou a chegar a casa. Amanhã aproveitarei o Dia do Senhor, mais descansado e disponível para colocar aqui os meus postings.

26 abril 2005

AS METAMORFOSES DO HUMANO

Somos hoje o mesmo ser humano genéticamente determinado há centenas de milhares de anos? Ou a evolução técnica que evoluiu desde a pedra lascada ao computador produziu já outro ser, com perdas e ganhos de competências? Um ser que sofreu metamorfoses.

25 abril 2005

25 de Abril - GRândola Vila Morena

Grândola Vila Morena - Zeca Afonso

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade


* Esta canção tornar-se-á famosa ao ser escolhida como senha para a revolução do 25 de Abril. Houve duas senhas. A primeira, às 23h, foi a música "E depois do adeus", de Paulo de Carvalho. Grândola, que foi a segunda, passou no programa "Limite" da Rádio Renascença às 0.20h do dia 25. Foi o sinal para o arranque das tropas mais afastadas de Lisboa e a confirmação de que a revolução ganhava terreno.

24 abril 2005

O CDS-PP TEM NOVO LIDER



José Ribeiro e Castro é o novo líder do CDS-PP. Nunca num Congresso partidário se viu tantas referências a Papas e ao Vaticano, mas compreende face aos dias que estamos viver. Mas, ocorre fazer uma comparação com a liderança, Será que depois de um líder carismático como Paulo Portas, Ribeiro e Castro terá um “papado” longo? Deixará marcas na vida política portuguesa se está confortavelmente sentado no Parlamento Europeu?

CITAÇÕES – A TERCEIRA


(foto retirada de www.nbp.pt/clube_actores.php)

“Sou um mulherão …”
Sylvie Dias, modelo e actriz, Maria

* Não tenho qualquer dúvida que seja um mulherão e que homem não desejaria passar um bom bocado com ela. Mas um pouco de modéstia também não lhe fazia mal.

CITAÇÕES – A SEGUNDA


(foto retirada de http://www.uau.pt/asp/artistas.asp)

“O público está a voltar ao teatro, talvez para combater a miséria da TV …”
Maria Rueff, actriz de teatro e televisão, TVMais

* É bem verdade. A televisão está uma miséria. Mesmo agora com a TV por cabo, faço zapping atrás de zapping e parar num canal é difícil. Tirando alguns noticiários (Canal 1 e SIC), o programa do Malato (Um Contra Todos) ou concursos do género, um bom filme, o Canal História ou National Geographic, que mais vale a pena ver.

CITAÇÕES – A PRIMEIRA



“O teatro é como nas touradas, a gente entra na arena … o público é o touro, nós somos o toureiro – a gente tem de toureá-los …”
Fernanda Borsatti, actriz, TV7dias

* Que sabedoria

CITAÇÕES

Como já tenho escrito, não só devoro livros, mas desde a minha adolescência que consumo jornais e revistas praticamente todas as semanas, desde a minha juventude. A minha mãe bem que ralha comigo pois o meu sótão está carregado de jornais e revistas antigas. Deve andar lá perdido ainda a edição nº. 1 do Público, pargas da antiga Sábado e outras que já nem se publicam.
Com o aparecimento da Internet, não compro com a mesma regularidade os jornais, porque os visto via net, mas como passo muito tempo em filas, nessas horas terríveis de espera sempre compro o DN ou o Público (o Correio da Manhã, para não dar cabo do orçamento desfolho mais fácil porque se encontra em qualquer café deste país), mas embora tenha 32 anos ainda tenho aquele gostinho de desfolhar fisicamente quer livros, quer jornais, quer revistas, mas tem duas que não prescindo de comprar semanalmente (nem quando viajo, mando guardar). São a Visão e a Sábado. Quer numa quer noutra tem uma secção, publicam citações de outras revistas. E esta semana, duas me chamaram atenção pela sua inteligência e outra pelo convencimento (mania).

23 abril 2005

DIA MUNDIAL DO LIVRO



O dia 23 de Abril, é o Dia Mundial do Livro. Fiquei muito feliz ao ler na imprensa que segundo um estudo da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), revela que os portugueses estão a ler cada vez mais. A maioria dos portugueses lê em média entre 3 a 5 livros por ano (29%), mas apenas 6,1%, afirma ler anualmente mais de 20 obras.
Ainda de acordo com esse estudo da APEL, as mulheres lêem mais e com mais gosto do que os homens. Se, por um lado, 47,1% das mulheres e 44,3% dos homens afirmam ler com frequência, entre os últimos, a percentagem por que o faz por razões profissionais é maior.
As mulheres são ainda aquelas que compram mais livros. O tempo médio dedicado à leitura aumentou também em 2005. Pouco mais de um quarto da população inquirida (26,6%) despende entre 30 minutos a duas horas por semana a ler um livro.
Mas, grande salto de leitura dá-se, contudo, quando se fala de jornais e revistas. Antes ler jornais e revistas (depende também da qualidade, né), do que não ler nada.

22 abril 2005

Eis o culpado



Pedro Álvares Cabral. Levante-se o Réu. Eis o culpado de termos conhecidos um povo maravilhoso chamado brasileiro.

22 de Abril de 1500



Rezam os compêndios da História que em Fevereiro de 1500, D. Manuel I (o rei de Portugal na altura) escolheu Pedro Álvares Cabral para ser o capitão-mor de uma armada de 13 navios que deveria seguir para a Índia.
Vasco da Gama já tinha regressado da primeira viagem marítima à Índia e o rei português queria que outro navegador lá voltasse para assegurar o domínio daquelas terras. Ao contrário da armada de Vasco da Gama, que era constituída por 4 navios e 170 homens, a armada de Pedro Álvares Cabral era composta por 13 navios e 1500 homens. O rei achava que, com mais navios, mais homens e mais armamento, seria mais fácil conseguir ficar com o domínio sobre a rota das especiarias que passava pela Índia.
Assim, depois de celebrada uma missa na Igreja de Santa Maria de Belém, no dia 9 de Março de 1500, a armada de Pedro Álvares Cabral partiu de Lisboa (do Restelo) em direcção à Índia.
Quando já estavam perto de Cabo Verde, os navios começaram a desviar o seu percurso para sudoeste. Não se sabe se este desvio foi propositado (diz-se que os portugueses podiam já saber da existência do Brasil) ou se foi obra do acaso O que é certo é que, no dia 22 de Abril de 1500, a armada de Cabral, avista as Terras de Vera Cruz. Era a primeira visão daquilo que actualmente se chama Brasil. Segundo escreveu Pêro Vaz de Caminha (o cronista de bordo) à medida que a frota ia avançando foi-se distinguindo " um grande monte, mui alto e redondo, e outras serras mais baixas, e terra chã, com muitos arvoredos; ao qual monte o capitão deu o nome de Monte Pascoal (por ser dia de Páscoa) e à terra, Terra de Vera Cruz".
Pedro Álvares Cabral desembarcou com os seus homens para contactar com os Tupiniquins, assim se chamava aquela tribo de índios muitos simpáticos, de pele avermelhada, feições bonitas, cabelos negros muito lisos, que andavam nus, ostentando pinturas no corpo, bonitos toucados feitos com penas de papagaio e colares de continhas miúdas. Pedro Álvares Cabral decidiu presentear aqueles índios, oferecendo-lhes barretes vermelhos, guizos, colares, correntes de argolas, bacias a que os Tupiniquins acharam imensa graça.
As suas casas eram feitas de troncos e folhagem, dormiam em redes suspensas de troncos e os hábitos alimentares bem diferentes dos portugueses.
Os marinheiros portugueses, ao desembarcarem naquela praia que baptizaram de Porto Seguro, ficaram encantados com a beleza da terra e com a simpatia e hospitalidade daquele povo que os recebeu muito bem. Como não falavam a mesma língua, os índios e os portugueses comunicavam-se por gestos.
Ao perceber que tinha feito uma descoberta tão importante, o capitão-mor enviou uma nau para o reino com a boa notícia.
Pedro Álvares Cabral e os seus homens ficaram lá alguns dias, estabelecendo relações com os índios e celebrando missas (porque nos navios iam também sacerdotes).
Em Julho de 1501, Pedro Álvares Cabral e a sua armada regressam a Portugal. Antes de regressarem, foram a Calecute (Índia) para cumprirem os objectivos que o rei tinha traçado no início da viagem.
È claro que neste espaço de quinhentos e cinco anos, muitas páginas negras ficarma escritas na História das relações luso-brasileiras e muitas polémicas também, por isso, os brasileiros, quando nós falamos da "descoberta" do Brasil, eles preferem dizer "achamento"..., mas essa discussão deixo prós mais sábios.

505 anos de relações luso-brasileiras



Hoje se celebra quinhentos e cinco anos de história de relações luso-brasileiras. Se os portugueses chegaram ao Brasil numas cascinhas de noz, a que se chamavam naus, hoje estamos a ser descobertos pelos nossos irmãos brasileiros. Infelizmente na sua maioria, porque a economia do Brasil está no estado que todos conhecemos. Mas como a História é feita de ciclos, o inverso já aconteceu com os portugueses, que no início do século tiveram de abalar para aquele paraíso na terra em busca de uma vida melhor. Felizmente também, alguns vêm para conhecer Portugal e a Europa por turismo curiosidade, ou mesmo estudar.
Mas, mais de que nunca, jamais se “navegou” tanto entre Brasil e Portugal, graças a esta magnifica invenção chamada INTERNET.

21 abril 2005

Espanha aprova o casamento entre homossexuais


VÍDEO CNN+: Aplausos en el Congreso de los Diputados, (retirado do jornal El País)

Embora as principais confissões religiosas pedissem ao Governo que não modificasse o Código Civil Espanhol, com a alteração do artigo 44º., com a seguinte redacção: "O matrimónio terá os mesmos requisitos e efeitos quando ambos os contraentes sejam do mesmo ou de diferente sexo …", a maioria do Congresso dos Deputados, aprovou a reforma deste Código, que permitirá o matrimónio entre casais do mesmo sexo. O projecto foi aprovado por todos os grupos, excepto pelo PP e os representantes da União Democrática de Catalunha.
Com esta nova Lei, será também permitido aos casais homossexuais a adopção das crianças como as famílias heterossexuais. Para muitos deputados, este foi o ponto mais polémico da lei.
O texto que modifica o Código Civil em 16 artigos, as alterações consideradas mais significantes, foram substituir as palavras "marido" e "mulher" por "cônjuges" e as palavras "pai" e "mãe" por "progenitores".
Agora, esta lei será remetida ao Senado, que deverá reconfirmado, com a particularidade de que este órgão o Partido Popular é o grupo maioritário. Não obstante, tendo em conta os apoios com os que conta o PSOE, em seguida, o texto regressará ao Congresso, previsivelmente em Junho, onde será ratificado definitivamente.
O mesmo Congresso, aprovou a lei da reforma do divórcio, pois pretende agilizar e diminuir os custos e os trâmites do processo.
O primeiro-ministro espanhol, Jose Luis Rodriguez Zapatero, manifestou-se agradado com o largo apoio dado à reforma, fora e dentro do Parlamento, e que tornará Espanha no terceiro país europeu a legalizar o casamento entre homossexuais. O presidente do Governo, declarou ainda que, se o novo Papa, Bento XVI, fizer alguma declaração sobre a regulamentação do matrimónio entre pessoas do mesmo sexo, estará preparado para respeita-la, porque a liberdade religiosa e a opinião é uma das garantias da democracia.

REACÇÕES
No exacto momento em que foi aprovada a esta reforma, o público presente no hemiciclo aplaudiu com agrado, mas também logo as principais confissões religiosas presentes em Espanha (católicos, protestantes, judeus e ortodoxos) assinaram um documento em que reclamam ao Governo "reflexão, diálogo e consenso".
Em contra-reacção, a Federação Estatal de Gays, Lésbicas e Transsexuais, enviaram ao Congresso vários estudos, entre eles, um da Associação Americana de Psicologia e outro da Academia Americana de Pediatria, que acreditam que a adopção de menores por parte de casais homossexuais não prejudica as crianças.
O Foro Espanhol da Família assegura que a incidência da homossexualidade nas crianças que crescem nas famílias homossexuais está por encima de 30%, "valor muito superior à média". Por outro lado, do ponto de vista linguístico, a Real Academia Espanhola já havia anunciado no passado mês de Fevereiro que aceitaria o termo “matrimónio” como união homossexual se se chega a consolidar-se o uso de tal aceitação na sociedade.

Força SLB

SLB3

(Foto retirada do CM)

Força SLB. Já estás na meias-finais da Taça de Portugal.

20 abril 2005

Aborto (1)


Não só durante a última legislatura, mas durante a última campanha eleitoral para as Legislativas, a Esquerda, nomeadamente o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista, parece que não tinham mais nada que propor, que não a descriminalização do aborto até às 16 semanas de gravidez.
Hoje, na Assembleia da Republica estiveram à discussão vários projectos de Lei, mas na sua arrogância de maioria e para se impor perante os seus “parceiros” de esquerda, o PS recuou e decidiu deixar cair, no projecto de lei sobre a despenalização do aborto, a possibilidade de interromper voluntariamente a gravidez «por razões de natureza económica ou social» até às 16 semanas (4 meses).
As críticas não vieram apenas das bancadas da oposição. O debate ficou marcado pela ampla contestação ao projecto de lei dos socialistas. Embora, o seu líder parlamentar, Alberto Martins, tenha apelado à "disciplina", dentro do princípio de "total liberdade de discussão interna" alertou que "qualquer insegurança é um acontecimento político" quando se é maioria, mas cerca de quarenta deputados socialistas (um terço da bancada), tendo como signatários, José Lello, Carlos Zorrinho, Carlos Lage, Renato Sampaio, Isabel Santos, Celeste Correia, Leonor Coutinho e Marques Júnior, entregaram na Assembleia da República, durante o debate, uma declaração de voto, na qual defendem que «esta menção deve ser retirada, uma vez que não se vislumbra que ocorrências deste cariz se possam tornar presentes às dezasseis semanas que não fossem passíveis de ser avaliadas logo às 10 semanas, podendo esta referência vir a constituir um incentivo à tentativa de manipulação do diagnóstico médico, no sentido de um alargamento do prazo para o aborto para além do referendado». Mas o próprio PS, mesmo com a maioria, parece que não tem nada de novo a propor ao país, porque o seu projecto "é exactamente" igual ao de 1998 e do ano passado. O assunto é sério de mais, para os políticos andarem em querelas e queimar tempo na Assembleia Magna da nossa pátria. O povo português, sobretudo as mulheres precisam ser mais respeitados.

19 abril 2005

Bento XVI



A partir de hoje temos um novo Papa. Bastaram dois dias para eleger Joseh Ratzinger, como o Sucessor de Pedro.
Este é já o terceiro Papa desde que nasci, mas é a única eleição que assisti mais de perto. Quando foram eleitos em 1978, João Paulo I e João Paulo II, tinha menos de cinco anos e não tenho a mínima memória do que se passou. Também não existia naquele tempo os meios de informação que existem hoje, nem a cobertura televisiva extenuante que existe hoje.
Os Papas que têm escolhido o nome de Bento, fazem-no em homenagem a São Bento (também conhecido como Bento de Núrsia), fundador no século VI, da Ordem Beneditina. Pelas primeiras informações veiculadas, Ratzinger fê-lo também em homenagem ao Papa Bento XV, pontífice eleito em 1914, período conturbado da história da Europa (1ª. Grande Guerra Mundial).
Sendo São Bento, o patrono da Europa, significa que o novo Pontífice, é um homem atento e percebe que neste momento quem mais necessita de ser evangelizados são os europeus. Isto faz-me lembrar uma conversa, com mais de uma década com um frade franciscano de cor negra, de quem tenho muitas saudades – Monsenhor Guilherme – e um outro grande amigo e que muito admiro – Monsenhor Bastos - em que falava-mos de quem a seguir calçaria as “Sandálias do Pescador” e um deles dizia que, o próximo Papa poderia ser negro, mas chegaria um dia que seriam os padres negros que viriam evangelizar a Europa. Se à quinhentos anos atrás, nós portugueses e os espanhóis, levamos aos “novos mundos” a mensagem de Cristo, quem sabe se não se irá passar exactamente o contrário nos anos que viram, uma vez que a nível da emigração isso já está acontecendo.
Como católico fui educado e acredito que os Cardeais no Conclave elegem o Papa, o Espírito Santo está fazendo das suas. Não é por nada que o povo nas suas expressões sábias, diz que Deus escreve direito por linhas tortas. Mas, também acredito que nas eleições e sobre a escolha, também exista alguma política e interesses. Ora, os Cardiais também são homens e não só estão nomeando um líder da Igreja, mas também um Chefe de Estado.
Embora não fosse o meu favorito, pelo que este olhar e ouvido atento ia acompanhando nos últimos anos, acredito que a escolha de Joseh Ratzinger, teve a mãozinha de Deus, depois de um Papa com o carisma de Karol Wojtyla, a tarefa não será fácil. E porque? O próprio, publicamente já se acusava doente, tendo já tido vários problemas cardíacos (tem como motor um pacemaker), um derrame cerebral em 1991 e nos últimos tempo também se sentido cansado, já não ia todos os dias ao seu Gabinete, por diversas vezes havia pedido a resignação do seu cargo a João Paulo II, e este nunca lhe deu resposta. Ao que falam os que com quem mais perto dele privam, ele é caracterizado como uma pessoa austera, mas muito amável humilde e tímido. Que ele é pouco adepto das viagens ao estrangeiro, sendo de prever que o seu pontificado será mais passado no Vaticano. Considerado mais radical que o seu antecessor e somando já a isto tudo a sua idade é de crer que vá ser uma transição breve e de pouco carisma para então ser eleito um Papa que fará as “reformas” necessárias nos tempos em que vivemos. Dessas “reformas” falarei depois.

Habemus Papam



Habemus Papam.
Joseh Ratzinger, foi eleito como o Sucessor de Pedro. Será Bento XVI.

18 abril 2005

Dom José Policarpo



Hoje inicia-se o Conclave para eleger o novo sucessor de São Pedro.
Não é pelo facto de ser português e também da minha cidade natal mas como católico, considero que neste momento Dom José Policarpo, seria a melhor escolha para o novo Papa.
Em primeiro lugar, porque entre os candidatos, é o que melhor faria a ligação da Igreja, com todas partes do Mundo. O facto de ser lusófono, faria com que fosse muito bem aceite na América do Sul através do Brasil (país com a maior população católica do planeta), com África através das ex-colónias portuguesas e a Ásia através de Timor-leste e Macau.
Depois é um Cardeal que vai muito na linha de pensamento de João Paulo II, principalmente na ligação às outras religiões e aos novos movimentos da própria Igreja.
Outro factor a favor é o seu nível cultural, adquirido ao longo da sua vida religiosa e pela ligação à Universidade Católica.
Não menos importante, é a boa aceitação e relação que tem com a comunicação social, não só nacional como internacional.
Seja nomeado ou não, o sucessor de Karol Wojtyla não terá um papado fácil. Que o Espírito Santo ilumine a mente dos Cardiais eleitores.

17 abril 2005

Leonardo Boff



Em declaração ao diário francês "Libération” e publicado no Jornal de Notícias por Nuno Martins (correspondente da France Press), afirma o brasileiro Leonardo Boff, teólogo e um dos principais ideólogos da Teologia da Libertação, que «… João Paulo II demonstrou "abertura" face às outras religiões, mas foi igualmente um "conservador" num pontificado marcado pela "arrogância e pelo fundamentalismo doutrinal" …».
Boff, lamenta que João Paulo II tenha «… posto em movimento uma contra-reforma da Igreja, vendo no processo de modernização pela qual esta passou a partir dos anos 60 uma ameaça à identidade católica …» pelo qual «… operou um regresso à disciplina, criando um catecismo universal - o mesmo que dizer de pensamento único - e interditando toda a liberdade teológica …», punindo 140 teólogos, entre os quais está incluído.De facto, João Paulo II, aproximou o catolicismo às outras religiões, mas também foi o Papa, que na História chamou mais milhões de jovens à Igreja, apesar do seu pensar acerca de temas como o aborto, o preservativo, contracepção, a homossexualidade, etc..
Isto não quererá dizer alguma coisa? Não nos fará isto pensar um pouco? Não será o princípio de uma mudança geracional depois da “grande liberdade” dos anos sessenta? A mudança de um novo ciclo?
Se a Igreja Católica (como qualquer outra religião) se rege por uma dogma, que se baseia no seu livro sagrado – A Bíblia – segundo o qual a relação entre o homem e a mulher é de jura de fidelidade eterna e em que o sexo entre os mesmos, será para procriação, ora, num pensamento mais breve e por esta lógica de ideias, não haverá o perigo de contágio de doenças como a sida.
Sendo nós seres humanos, somos passíveis de pecar, em que a sua maioria, nas sociedades modernas, trocam de parceiro, como se troca de roupa e nos países sub-desenvolvidos por falta de condições de higiene ou por tradições tribais a troca de parceiros também é grande, os números de infectados de Sida (HIV), não para de aumentar. Compreendo que a sociedade espere-se que a Igreja tivesse uma abertura nesse tema, mas se ela, ao reconhecer algo que vai contra os seus dogmas, perderá a sua credibilidade. Não a podemos comparar ao Governo dum país e aos partidos políticos, que se “adaptam” às suas sociedades, consoante as suas conveniências políticas ou eleitorais.
Assim, se somos católicos, se pecarmos estamos condenados a prestar contas a Deus, na hora do Juízo Final. É o mesmo que conduzir um carro acima dos limites permitidos por Lei. Se o fizermos estamos sujeitos a ser condenados.

16 abril 2005

Nietzsche e as Mulheres


Friedrich Nietzsche, filósofo alemão (1844-1900)

"As mulheres podem tornar-se facilmente amigas de um homem mas, para manter essa amizade, é indespensável haver uma pequena antipatia física ..."

Amor ou Posse??


Friedrich Nietzsche, filósofo alemão (1844-1900)

"O nosso «amor pelo próximo» não será o desejo imperioso de uma nova propriedade? E não sucede o mesmo com o nosso amor pela ciênica, pela verdade? E, mais geralmente, com todos os desejos de novidade? Cansamo-nos pouco a pouco do antigo, do que possuímos com certeza, temos ainda necessidade de estender as mãos; mesmo a mais bela paisagem, quando vivemos diante dela mais de três meses, deixa de nos poder agradar, qualquer margem distante nos atrai mais: geralmente uma posse reduz-se com o uso. O prazer que tiramos a nós próprios procura manter-se, transformando sempre qualquer nova coisa em nós próprios; é precisamente a isso que se chama possuir.
Cansar-se de uma posse é cansar-se de si próprio. (Pode-se também sofrer com o excesso; à necessidade de deitar fora, pode assim atribuir-se o nome lisonjeiro de «amor). Quando vemos sofrer uma pessoa aproveitamos de bom grado essa ocasião que se oferece de nos apoderarmos dela; é o que faz o homem caridoso, o indivíduo complacente; chama também «amor» a este desejo de uma nova posse que despertou na sua alma e tem prazer nisso como diante do apelo de uma nova conquista. Mas é o amor de sexo para sexo que se revela mais nitidamente como um desejo de posse: aquele que ama quer ser possuidor exclusivo da pessoa que deseja, quer ter um poder absoluto tanto sobre a sua alma como sobre o seu corpo, quer ser amado unicamente, instalar-se e reinar na outra alma como o mais alto e o mais desejável.
in 'A Gaia Ciência'

15 abril 2005

Guterres e o provincianismo



"O pior que há na sociedade portugesa é o provincianismo, e não estou a falar das províncias, porque é em Lisboa que o provincianismo é pior ..."
António Guterres, Ex-Primeiro-Ministro

A travessia no deserto



Hoje podia ler-se na impressa que Santana Lopes não se irá recandidatar à Câmara de Lisboa. Penso que foi a atitude mais sensata que podia tomar. Eu sempre admirei o percurso político de PSL. Se achei que no desempenho da primeira parte do mandato como Presidente da Câmara de Lisboa começou a adquirir uma outra imagem, agora ao determinar ir fazer uma travessia no deserto, mostrou se estar a tornar num estadista. Claro, teve um grande mestre e que é a sua referência – Francisco Sá Carneiro.
Ainda hoje acredito que ele poderia ter sido um bom Primeiro-Ministro, mas não era ainda o seu tempo.
Em primeiro lugar herdou um projecto de Governo que não era o seu e não o poderia alterar porque o Presidente da República não lho permitiria.
Depois teve de formar um Governo em tempo recorde, pois um partido político quando acaba de vencer tem muito mais tempo para organizar a orgânica do seu Governo.
O pior, para agradar a gregos e troianos, teve de formar um Governo para dar job’s aos herdeiros de Durão Barroso e ainda teve de dar lugar aos seus amigos de confiança pessoal e a quem mais parecia que devia favores de passado.
Depois, tinha ainda de lutar contra a própria máquina do partido em que muitos militantes de topo estavam à espera que ele caísse para ocupar o seu lugar e ainda contra certo Rei, Barões e demais corte, em que só dão a cara na certeza da vitória e que apenas se serviram do partido para hoje conseguirem lugares de topo em lugares de administração das maiores empresas deste país. Sentados nessas cadeiras e com os ordenados chorudos que auferem esquecem-se do partido.
Como diz o povo, com amigos destes quem precisa de inimigos, porque daqueles de que ideologicamente e politicamente já discordam de nós, já esperamos tudo.
“Inimigo nº. 1”- A comunicação social. A mesma que durante muitos anos lhe deu protagonismo e o ajudou a construir de bon vivant (e que ele erradamente permitiu e que agora era difícil de “despegar”), agora ela assumia uma outra posição, que como vive numa pobreza diária de notícias, achou ali um filão de ouro, com as confusões que ora os membros do Governo ou do próprio partido iam arranjando todos dos dias. Naqueles dias antes de PSL tomar posse como PM, bastava ouvir os comentadores na rádio e vinha sempre a baila que o PR poderia dissolver a Assembleia da República antes dos seis meses de exercício.
Efeito maravilha, numa sociedade ignorante, estúpida, sem cultura e mal informada que apenas sabe olhar para o seu umbigo e não sabe avaliar que a crise económica não apenas se sente no nosso país, mas que infelizmente é um mal que invadiu parte da Europa e outras partes do mundo. Um povo miudinho que em vez de ler, ir ao cinema, ao teatro e se se preocupar com a sua própria vida, não, preocupam-se, mais com a dos outros. Interessava mais saber com PSL saía, dormia, qual discoteca ia. Achei a última campanha eleitoral a de mais baixo nível de sempre, quando se punha em questão de José Sócrates era gay ou não. Os portugueses têm de aprender de vez que no desempenho das funções no trabalho de cada um interessa é a sua competência e não a sua vida pessoal.

Ser Benfiquista



Depois de uma mensagem de louvor ao SCP, não me sentiria bem se disse-se que o ideal seria o meu SLB ganhar a Liga e a Taça de Portugal e o Sporting ganha as finais da Taça UEFA.
Viva o SLB

SCP - New Castle (O Delírio)



Devem-me considerar um louco. Sou um Benfiquista convicto desde que nasci, influência do meu pai e do avô materno. Mas este ano enlouqueci ou os meus amigos souberam me convencer. Compramos todos a GameBox e sempre que o Sporting joga em casa lá vamos nós. Mas hoje outros valores falavam mais alto. Mais que SCP era um representante de Portugal lutando as meias-finais da UEFA. Sofri quando vi o primeiro golo dos ingleses e vibrei como se fosse um “lagarto” quando lhes demos com quatro. Parabêns SCP.

14 abril 2005

Casa da Música – A história do 6




Finalmente, hoje abriu ao público na Invicta a tão polémica Casa da Música. Seis anos para ser construída e com um custo seis vezes superior ao inicialmente previsto. Mas isso já não me admira nada. Qual a obra pública que quando é inaugurada é acompanhada da notícia de que o custo foi superior ao previsto. Nós contribuintes, merecemos mais respeito. A questão que se levanta é: será que os orçamentistas, arquitectos, engenheiros, são uns incompetentes, ou, alguém anda a meter a mão no nosso bolso? Pensem nisso.
Depois a questão da localização do edifício e aí sou obrigado a dar razão ao Rui Veloso. A “magia” da Rotunda da Boavista perdeu-se com a construção da Casa ali.
Mas esse é outro problema do nosso país, a falta de visão dos nossos Presidentes de Câmaras, Vereadores, Arquitectos paisagistas. Em Portugal constrói-se um edifício moderno ao lado dum monumento com mais de quinhentos anos ou um aranha-céus ao lado de uma vivenda rasa.
Outra questão é: para que tipos de música via servir aquele espaço.

13 abril 2005

Cem Sonetos de Amor - Pablo Neruda



"A Matilde Urrutia
Senhora minha muito amada, grande foi o meu sofrimento ao escrever estes mal chamados sonetos, que bastantes dores me causaram, mas a alegria de tos oferecer é maior que um prado. (…) Assim estabelecidas as minhas razões de amor, entrego-te esta centúria: sonetos de madeira que só existem porque tu lhes deste vida." Outubro de 1959

Saberás que não te amo e que te amo
pois que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem sua metade de frio.
Amo-te para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.
Amo-te e não te amo como se tivesse
nas minhas mãos a chave da felicidade
e um incerto destino infeliz.
O meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.

Orgasmos electrónicos marcarão o amanhã



Desfolhando virtulamente as páginas dos jornais como faço diáriamente, dei com um artigo que considerei interessante face à sua actualidade. Não se surpreendam, quem me conhece sabe que sou muito versátil, ora posso tar a escrever sobre sexo, sobre política, sobre actualidades, sobre cultura. Aliás tenho sempre um olhar atento sobre o mundo, por isso ....

"Orgasmos electrónicos marcarão o amanhã
As pessoas estão cada vez mais curiosas sobre sexo. Enquanto alguns procuram a ajuda em práticas milenares, aparecem novos aparelhos sexuais e adeptos do sexo virtual. Que amantes seremos no futuro?A curiosidade aumenta e há cada vez mais abertura na sociedade para matérias relacionadas com o sexo. A indústria pornográfica cresce a olhos vistos e vão-se inventando aparelhos tão surpreendentes como uma máquina de orgasmos para mulheres. Há cada vez mais pessoas em busca das maravilhas do sexo tântrico, uma antiga prática oriental, enquanto outros preferem masturbar-se ao mesmo tempo que observam e falam com desconhecidos em tempo real através da internet. Mas para onde caminhamos?“Tenho uma visão do futuro em que toda a educação sexual estará ao dispor de todos; (...) Será possível fazer amor em qualquer lugar em público e não será falta de respeito assistir”. O trecho é retirado de um livro escrito pela norte-americana Annie Sprinkle, antiga prostituta e actriz porno, conhecida como “a prostituta multimédia”. Famosa por levar aos limites a sua luta contra as restrições socioculturais ao sexo, Sprinkle transformou-se para muitos numa deusa da libertação sexual. A americana esteve na semana passada no Porto, onde participou numa mesa, redonda do 4º Congresso Internacional Espaço T, sob o tema ‘Sexo, Arte e Terapia’, onde contou a sua experiência e falou ao CM. “Sou uma artista que trabalha com o sexo e que tem a intenção de que ele seja terapêutico.”O percurso de Annie Sprinkle surpreende pela forma natural como o mito explodiu numa rapariga perfeitamente normal. Nascida Ellen Steinburg, numa família média de Filadélfia, em 1956, perdeu a virgindade aos 17 anos, como tantas outras raparigas. “Foi uma experiência maravilhosa. Gostei tanto que, aos 18, já trabalhava como prostituta e fazia filmes pornográficos”. Daí em diante, travou uma luta constante contra os preconceitos, ao promover e participar em iniciativas públicas em nome da desmistificação do sexo. As mais célebres terão sido as suas actuações em palco, em que se masturbava até ao orgasmo diante de uma plateia que ia marcando o compasso com sons animalescos. “Foi muito terapêutico”, recorda.Não é certo, no entanto, que se esteja a caminhar para o mundo do sexo livre idealizado por Sprinkle. Para o psicólogo especialista em sexualidade Nuno Nodin, é possível mesmo que ao actual período, de maior abertura em relação aos assuntos do sexo, se siga uma regressão. “Toda a história foi feita em termos de momentos altos de abertura, como no Renascimento, e momentos baixos de repressão, como na Idade Média. Isto é cíclico ao longo da história, e necessariamente haverá um processo de retrocesso algures no futuro, que não sabemos quando será”, explicou ao CM.
VIRTUALMENTE TARADOS
O computador pessoal e a internet de alta velocidade em casa são utensílios cada vez mais vulgares nos lares de todo o mundo. Os internautas estão ainda a descobrir e aprender a lidar com o novo tipo de identidade que lhes permite existir num mundo virtual. Desejos e fantasias expressam-se de forma explícita e, ao mesmo tempo, sigilosa, pelos caminhos da ‘net’, desencadeando uma nova mania: o vício pelo sexo virtual. De acordo com as estatísticas, só nos Estados Unidos, há hoje mais de dois milhões de pessoas viciadas em sexo virtual. Os maníacos, que chegam a navegar entre 15 a 20 horas por semana nos 'sites' de sexo, viajam num mundo de luxúria que muitas vezes se concretiza fisicamente com o auxílio da masturbação. "O que acaba por acontecer é que os relacionamentos pré-existentes tornam-se tão frágeis que muitos casamentos e relações estáveis acabam se desfazendo", nota o psicoterapeuta brasileiro Cássio dos Reis, num artigo de opinião publicado no 'site' Guia Sexual (www.guiasexual.com.br). "São homens e mulheres que vivem as próprias fantasias sexuais através de imagens e simulações que levam a uma excitação tamanha que as torna sexualmente satisfeitas, eliminando assim, a sensação da necessidade real do contacto sexual", explica. Para o especialista, o sexo virtual, quando vivido de forma sistemática, pode ter como consequência a destruição de relacionamentos e carreiras profissionais, uma vez que o foco do desejo fica centrado na virtualidade do prazer sexual, contribuindo para um isolamento perigoso e doentio.
Rodrigo de Matos in Correio da Manhã

12 abril 2005

Final de tarde no cinema - Spanglish



Nada como depois de uma tarde bem movimentada, ir no cinema. Primeira escolha – Espaninglês. Depois de já ter visto o trailler tinha alguma curiosidade em vê-lo. Depois porque tem aquela que considero a actriz espanhola mais bonita e sensual – Maria Paz Vega – embora ela desempenhe o papel de uma mãe mexicana, que trabalha como doméstica na casa duma família americana. Um misto de comédia e romance. O engraçado do filme é devido à “Flor” não falar inglês nem tão pouco os patrões perceberem e mínima de espanhola. Apesar de ser uma comédia, um olhar mais atento sobre as personagens faz-nos pensar um pouco. Um marido com grandes sucessos profissionais mas com uma mulher completamente stressada e louca, mas um pai que muitos deviam seguir o exemplo. Uma sogra muito engraçada que andava sempre “entornada”, mas que escondia muita sobriedade e estava muito atenta ao que se passava com o casal. Depois a personagem principal, a empregada, mas sobretudo mãe – uma lição não misturar a vida familiar com a vida profissional.

11 abril 2005

TALMUD


É um livro sagrado dos Judeus, escrito a partir do séc. II d. C. e que consiste num condensado de tradições judaicas, onde se encontram complilados todos os depoimentos, ditados e frases pronunciadas pelos Rabinos através dos tempos. Tem um que termina dizendo o seguinte:
"Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisoteada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual ... debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada".
Duma mensagem recebida no meu Outlook

10 abril 2005

Olhos



"Ora, não percebeis que com os olhos alcançais toda a beleza do mundo? O olho é o senhor da astronomia e o autor da cosmografia; ele desvenda e corrige toda a arte da humanidade; conduz os homens as partes mais distantes do mundo; é o príncipe da matemática, e as ciências que o têm por fundamento são perfeitamente corretas ..."

"O olho mede a distância e o tamanho das estrelas; encontra os elementos e suas localizações; ele... deu origem a arquitetura, a perspectiva, e a divina arte da pintura ...."

"Que povos, que línguas poderão descrever completamente sua função! O olho é a janela do corpo humano pela qual ele abre os caminhos e se deleita com a beleza do mundo ..."
LEONARDO DA VINCI, Pintor, escultor, arquitecto e engenheiro 1452-1519

Co-Piloto



Veêm o que eu precisava, quando à dois dias escrevia de viajar sozinho. Precisava de um co-piloto assim. Ao abrir o meu Outlook agora e ver essa fotografia entre as minhas mensagens fez-me lembrar os passeios que fazia aos Domingos de manhã na praia com o meu desaparecido Nero, em que no lugar do co-piloto se comportava melhor que muitos humanos. Que saudades tenho dele. Tenho o Faruk, mas esse maroto não é muito dado a carros muito menos sair do quintal.

09 abril 2005

Será??


"Todas as máximas já foram escritas. Resta apenas pô-las em prática ..." Blaise Pascal

Homens justos

Para reflectir:

"Há duas espécies de homens: os justos que se julgam pecadores, e os pecadores que se creêm justos ..."
Blaise Pascal, filósofo, matemático e físico francês

08 abril 2005

FUTEBOL DÁ LUCRO!!!!

Ao ler na imprensa de hoje, que a sociedade “Euro 2004” deu 4 milhões de lucros, fiquei completamente pasmado, sobretudo por se tratar de uma empresa pública. Pode-se ler no mesmo artigo que o “bolo” será repartido na proporção de 41% para a Federação de Futebol, 5% para o Estado Português e os restantes 54% para a UEFA. Mas convêm perguntar, será que aqui estão contabilizados os custos com a construção dos estádios? A proporção no investimento na construção dos mesmos também foi a mesma, que agora a da repartição dos lucros? Ou será, que como é hábito neste país o Estado (ou seja, nós contribuintes) é que fica a arcar com os custos. Estas contas são sempre muito duvidosas.
Não tenho dúvidas que o Euro 2004 foi uma loucura total, pois as pessoas aderiram em massa. Toda a gestão do marketing do campeonato foi muita bem conseguida, e depois disso o futebol virou moda. Só que agora é a moda Mourinho. Ainda bem. È sempre ver um nosso conterrâneo estar na luz da ribalta. Mas onde quero chegar é – porque é que nós vemos os nossos estádios vazios? Num campeonato tão renhido como o deste ano como isso é possível? Sei que o estado das nossas carteiras não é o melhor, mas as SAD’s deste país tiveram falta de visão. Se todos os clubes tivessem pensando nuns cartões tipo a GameBox do FCP ou SCP talvez a ocupação dos estádios fosse diferente.

07 abril 2005

Conduzir sozinho

Basta-me dizer que faço uma média anual de condução de 70.000 km/ano. Só por aí dá para imaginar a quantidade de horas da minha vida que desperdiço na estrada. Só nas minhas viagens quase diárias entre Caldas e Lisboa, em média gasto são duas horas de um lado para o outro. Mas, agora vou a caminho do Algarve (posso dizer assim, porque estou a escrever enquanto conduzo). Nestas viagens ligeiramente maiores, sobretudo as que faço para Espanha, sinto-me sempre como se estivesse a dirigir uma nave espacial, porque passo horas com os meus pensamentos no mundo da lua, embora o que estou a pensar agora é bem terreno.
Como o nosso país mudou tanto em poucos anos? Antes a viagem era horrível. Horas e horas de condução passando no meio de tantas terrinhas. Agora é só auto-estrada. Antes sentia-me cansado pelas horas de viagem, agora canso-me com o tempo de viagem, embora quase reduzido a metade do tempo, aborreço-me de ver o mesmo, só estrada. Porém, a viagem agora é feita de uma forma mais tranquila sem o medo que me aterrorizava antes (pelo menos no Verão), quando ao mesmo tempo via vir dois carros dirigindo-se no meu sentido.
Adoro conduzir e antes fazer uma viagem sozinho, não me fazia a mínima diferença, mas agora sinto-me cansado não das viagens em si mesmo mas de pelo menos nas de maior tempo de não estar acompanhado. Já li uma revista e agora puxei do portátil para escrever este desabafo para depois colocar n meu bloguito. Outra forma de combater esta monotonia é ligar aos amigos ou despachar telefonemas para os clientes. Só espero que nenhum polícia veja isto. Estou-me a auto-condenar de que nas minhas conduções faço coisas que me distraem da estrada.

06 abril 2005

Corpus descansus

Hoje estou muito cansado para que me inspire a escrever algo assim mais filosófico. O dia de ontem para mim foi muito rentável e não sentia à muito as horas correrem tão rápido e quando dei conta já cheguei na minha caminha era quase o nascer do outro dia e até ao primeiro compromisso do dia só tinha direito a descansar menos de três horas. Porque será que quando o trabalho no corre bem, não damos conta do avançar dos ponteiros e quando os azares nos invadem as horas não mudam. Descobri novamente um corpo novo e que quero voltar a explorar, mas nesta hora é o meu que está a precisar de descanso. Apenas deixei estas palavras porque quero que este bloguito tenha alguma dinâmica.

05 abril 2005

Louco Desejo

Escrevi estas palavras, em 1997, mas algo que aconteceu que voltou a acender um:

LOUCO DESEJO


Nua de medos te quero,
para que libertamente,
te possa tocar e acariciar,
para por mim te enloquecer,
em busca do mais puritano prazer.

Nua de timidez te quero,
para que desacanhadamente,
me possas tocar e acariciar,
neste meu corpo que intensamente,
de desejo por ti arde.

Nua, completamente nua te quero,
para que em meus braços te possa tomar e levar,
para um rebatido banco,
ou para uma tão desejada cama,
para o mais oculto do teu corpo invadir
e assim o auge podermos atingir.

04 abril 2005

Seios - Alexandre O'Neill

Sei os teus seios.
Sei-os de cor.
Para a frente, para cima,
Despontam, alegres, os teus seios.
Vitoriosos já,
Mas não ainda triunfais.
Quem comparou os seios que são teus
(Banal imagem) a colinas!
Com donaire avançam os teus seios,
Ó minha embarcação!
Porque não há
Padarias que em vez de pão nos dêem seios
Logo p'la manhã?
Quantas vezesInterrogastes, ao espelho, os seios?
Tão tolos os teus seios!
Toda a noite
Com inveja um do outro, toda a santa
Noite!
Quantos seios ficaram por amar?
Seios pasmados, seios lorpas, seios
Como barrigas de glutões!
Seios decrépitos e no entanto belos
Como o que já viveu e fez viver!
Seios inacessíveis e tão altos
Como um orgulho que há-de rebentar
Em deseperadas, quarentonas lágrimas...
Seios fortes como os da Liberdade-Delacroix,
guiando o Povo.
Seios que vão à escola p'ra de lá saírem
Direitinhos p'ra casa...
Seios que deram o bom leite da vida
A vorazes filhos alheios!
Diz-se rijo dum seio que, vencido,
Acaba por vencer...
O amor excessivo dum poeta:
"E hei-de mandar fazer um almanaqueda pele encadernado do teu seio"
Retirar-me para uns seios que me esperam
Há tantos anos, fielmente, na província!
Arrulho de pequenos seios.
No peitoril de uma janela
Aberta sobre a vida.
Botas, botirrafas
Pisando tudo, até os seios.
Em que o amor se exalta e robustece!
Seios adivinhados, entrevistos,
Jamais possuídos, sempre desejados!
"Oculta, pois, oculta esses objectos
Altares onde fazem sacrifícios
Quantos os vêem com olhos indiscretos
"Raimundo Lúlio, a mulher casada
Que cortejastes, que perseguistes
Até entrares, a cavalo, p'la igreja
Onde fora rezar,
Mudou-te a vida quando te mostrou
("É isto que amas?")
De repente a podridão do seio.
Raparigas dos limões a oferecerem
Fruta mais atrevida: inesperados seios...
Uma roda de velhos seios despeitados,
Rabujando,
A pretexto de chá...
Engolfo-me num seio até perder
Memória de quem sou...
Quantos seios devorou a guerra, quantos,
Depressa ou devagar, roubou à vida,
À alegria, ao amor e às gulosas
Bocas dos miúdos!
Pouso a cabeça no teu seio
E nenhum desejo me estremece a carne.
Vejo os teus seios, absortos
Sobre um pequeno ser

02 abril 2005

Algo que escrevi quase à uma década

Tenho sentido nos últimos dias uma grande vontade de apagar parte do passado (sei que isso é impossível). Desde a mudança de século e milénio tenho vivido os piores anos da minha vida. Ontem comecei por apagar a maioria dos números de telefone que tinha guardados no meu telemóvel. Hoje acordei muito cedo, com uma vontade enorme de reorganizar a minha biblioteca. De tarde decidi verificar o que tinha ocupando a já saturada memória quer do meu PC quer do meu portátil. Tinha lá tanta coisa que não recordava, porque a maioria do que vou armazenado no computador são os meus processos, mas senão quando encontrei uma "espécie" de poema que escrevi tem cerca de oito anos. Só para o recordar o publico, espero que a quem foi dedicado ainda se lembre.

BRUTO


Uma palmada no rabo te prometi
e logo por instinto,
em teu braço te bati.

De bruto me acusaste,
mas tal acusação refutei
e logo te zangaste.

P’ra entre muralhas partimos,
e ainda mais nos avimos,
por tal “acusação” eu não aceitar.

Depois à mesa,
entre o saboreio do néctar das gingas,
nossa “discussão” continuamos.

Desculpas por te ter aleijado não te pedi
mas agora e aqui
desculpas te peço,
convicto de que bruto, animal, besta,
brutal, brutesco, cruel, não fui,
uma vez que para mim agir, com brutalidade,
alarvaria, bestialidade, bestice, bestidade,
pressupõe agir com intenção.


Convicto espero, que meu conceito
de brutalidade e bruto compreendas,
esperando apenas
não te ver mais zangada,
minha doce e bela amada.

Adeus, João Paulo II

"Irmãos, às 21,37h (hora de Roma) o nosso carissímo Papa João Paulo II, regressou à casa do Pai ..."
Anúncio da morte do Santo Padre

01 abril 2005

Para reflectir

"Exige muito de ti e espera pouco dos outros ..." Confúcio