30 agosto 2005

FOGOS - A SAGA CONTINUA

Qualquer notícia sobre os fogos no nosso país já não causa espanto. É mais um replay de imagens de verões anteriores, mas essas imagens entretanto só serão emitidas na RTP Memória, porque a continuar assim, já não haverá mais nada para arder.
Não tenho dúvida que o cenário das pessoas envolvidas é lastimoso, mas as televisões estrapolam os factos.
Uma questão que se levanta, é de quem é a culpa? Com toda a certeza que dos proprietários, sendo que 90% das florestas pertence a privados. Basta percorrer o país de norte a sul e do litoral ao interior, olhar para o interior das florestas e olhar o mato (mais alto que qualquer pessoa) que existe entre as árvores. O Presidente da República, veio agora (tardiamente) apelar ao Governo, legislação coerciva para a limpeza das matas. Agora ao fim de dez anos de mandato é que se lembrou que os portugueses são negligentes por natureza e que se não forem ameaçados com coimas ou outro tipo de penalizações, tudo continuará na mesma. Se este Governo e também os anteriores, alguma culpa têm neste filme de terror, é porque não criaram legislação coerciva que penalizasse os proprietários desleixados e que também os obrigasse à reflorestação rápida das áreas queimadas sob o risco de expropriação a favor do Estado, legislação que pusesse fim aos interesses imobiliários, proibindo a construção pelo menos durante duas ou três décadas nos terrenos ardidos e em que as penas para os pirómanos fossem mais duras.
Os proprietários alegam que as florestas não são rentáveis para manter as mesmas limpas, e caso qualquer legislação penalizante fosse aprovada não teriam como pagar as coimas, porém o problema já vem de anos porque se as nossas matas em termos de áreas mais repartidas foram ao longo dos anos por heranças. Ora, deviam ser criados mais incentivos para o emparcelamento de propriedades rústicas. Existe uma Lei que isenta do pagamento de sisa (actualmente IMT), quem adquira propriedades confinantes, mas são poucos que beneficiam por desconhecimento deste diploma e o próprio Estado também parece não ter interesse em divulga-lo. Se ainda alguma culpa têm os vários Executivos, é pela falta de aquisição de meios, preferindo alugar aviões ao estrangeiro a custos altíssimos lapidando ainda mais o erário público.

29 agosto 2005

JUIZ CONSELHEIRO A ALTA VELOCIDADE


(foto retirada do CM)
Recentemente foi autuado o motorista do Presidente do Supremo Tribunal Constitucional, por conduzir a cerca de 200 km/hr. Como alta figura do Estado, deveria dar o exemplo pelo cumprimento da legislação e não ter tratamento especial e como qualquer cidadão comum, pagar a multa na hora e apreendidos os documentos do seu motorista. Este é o país em que vivemos.

28 agosto 2005

«I have a Dream»



A 28 de Agosto de 1963, na escadaria do Monumento a Lincoln, em Washington, D.C., a capital dos Estados Unidos da América, reunidas na capital dos Estados Unidos da América, após a «Marcha para Washington por Emprego e Liberdade», foi ouvido por mais de 250.000 pessoas de todas as etnias, um discurso pronunciado por Martin Luther King, Jr., realizado num clima muito tenso, a manifestação foi um estrondoso sucesso, e o discurso conhecido sobretudo pela frase permanentemente repetida no meio do discurso «I have a Dream» (Eu tenho um sonho), mas também pela frase que é repetida no fim - «That Liberty Ring» (Que a Liberdade ressoe), que retoma o poema patriótico «América», tornou-se, com o discurso de Lincoln em Gettysburg, um dos mais importantes da oratória americana.


«que a liberdade ressoe!»

Há cem anos, um grande americano, sob cuja sombra simbólica nos encontramos, assinava a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para terminar a longa noite do cativeiro. Mas, cem anos mais tarde, devemos enfrentar a realidade trágica de que o Negro ainda não é livre.
Cem anos mais tarde, a vida do Negro é ainda lamentavelmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação. Cem anos mais tarde, o Negro continua a viver numa ilha isolada de pobreza, no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o Negro ainda definha nas margens da sociedade americana, estando exilado na sua própria terra.
Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramaticamente mostrarmos esta extraordinária condição. Num certo sentido, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitectos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de independência, estavam a assinar uma promissória de que cada cidadão americano se tornaria herdeiro.
Este documento era uma promessa de que todos os homens veriam garantidos os direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à procura da felicidade. É óbvio que a América ainda hoje não pagou tal promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar este compromisso sagrado, a América deu ao Negro um cheque sem cobertura; um cheque que foi devolvido com a seguinte inscrição: "saldo insuficiente". Porém nós recusamo-nos a aceitar a ideia de que o banco da justiça esteja falido. Recusamo-nos a acreditar que não exista dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidades deste país.
Por isso viemos aqui cobrar este cheque - um cheque que nos dará quando o recebermos as riquezas da liberdade e a segurança da justiça. Também viemos a este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é o momento de se dedicar à luxúria do adiamento, nem para se tomar a pílula tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da Democracia. Agora é o tempo de sairmos do vale escuro e desolado da segregação para o iluminado caminho da justiça racial. Agora é tempo de abrir as portas da oportunidade para todos os filhos de Deus. Agora é tempo para retirar o nosso país das areias movediças da injustiça racial para a rocha sólida da fraternidade.
Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência do momento e subestimar a determinação do Negro. Este sufocante verão do legítimo descontentamento do Negro não passará até que chegue o revigorante Outono da liberdade e igualdade. 1963 não é um fim, mas um começo. Aqueles que crêem que o Negro precisava só de desabafar, e que a partir de agora ficará sossegado, irão acordar sobressaltados se o País regressar à sua vida de sempre. Não haverá tranquilidade nem descanso na América até que o Negro tenha garantido todos os seus direitos de cidadania.
Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir as fundações do nosso País até que desponte o luminoso dia da justiça. Existe algo, porém, que devo dizer ao meu povo que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça. No percurso de ganharmos o nosso legítimo lugar não devemos ser culpados de actos errados. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio.
Temos de conduzir a nossa luta sempre no nível elevado da dignidade e disciplina. Não devemos deixar que o nosso protesto realizado de uma forma criativa degenere na violência física. Teremos de nos erguer uma e outra vez às alturas majestosas para enfrentar a força física com a força da consciência.
Esta maravilhosa nova militância que engolfou a comunidade negra não nos deve levar a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois muitos dos nossos irmãos brancos, como é claro pela sua presença aqui, hoje, estão conscientes de que os seus destinos estão ligados ao nosso destino, e que sua liberdade está intrinsecamente ligada à nossa liberdade.
Não podemos caminhar sozinhos. À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder. Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: "Quando é que ficarão satisfeitos?" Não estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos incontáveis horrores da brutalidade policial. Não poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados das fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso a um lugar de descanso nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades. Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade fundamental do Negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Nunca poderemos estar satisfeitos enquanto um Negro no Mississipi não pode votar e um Negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos, e só ficaremos satisfeitos quando a justiça correr como a água e a rectidão como uma poderosa corrente.
Sei muito bem que alguns de vocês chegaram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês saíram recentemente de pequenas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde a vossa procura da liberdade vos deixou marcas provocadas pelas tempestades da perseguição e sofrimentos provocados pelos ventos da brutalidade policial. Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor.
Voltem para o Mississipi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para a Luisiana, voltem para as bairros de lata e para os guetos das nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, esta situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no vale do desespero.
Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Tenho um sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: "Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais".
Tenho um sonho que um dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.
Tenho um sonho que um dia o estado do Mississipi, um estado deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu carácter.
Tenho um sonho, hoje.
Tenho um sonho que um dia o estado de Alabama, cujos lábios do governador actualmente pronunciam palavras de ... e recusa, seja transformado numa condição onde pequenos rapazes negros, e raparigas negras, possam dar-se as mãos com outros pequenos rapazes brancos, e raparigas brancas, caminhando juntos, lado a lado, como irmãos e irmãs.
Tenho um sonho, hoje.
Tenho um sonho que um dia todo os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas, os lugares ásperos serão polidos, e os lugares tortuosos serão endireitados, e a glória do Senhor será revelada, e todos os seres a verão, conjuntamente.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso ao Sul. Com esta fé seremos capazes de retirar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar as dissonantes discórdias de nossa nação numa bonita e harmoniosa sinfonia de fraternidade. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ir para a prisão juntos, ficarmos juntos em posição de sentido pela liberdade, sabendo que um dia seremos livres.
Esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: "O meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram os meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada localidade ressoe a liberdade".
E se a América quiser ser uma grande nação isto tem que se tornar realidade. Que a liberdade ressoe então dos prodigiosos cabeços do Novo Hampshire. Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque. Que a liberdade ressoe dos elevados Alleghenies da Pensilvania!
Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado!
Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia!
Mas não só isso; que a liberdade ressoe da Montanha de Pedra da Geórgia!
Que a liberdade ressoe da Montanha Lookout do Tennessee!
Que a liberdade ressoe de cada Montanha e de cada pequena elevação do Mississipi.
Que de cada localidade, a liberdade ressoe.
Quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada aldeia, de cada estado e de cada cidade, seremos capazes de apressar o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção negra: "Liberdade finalmente! Liberdade finalmente! Louvado seja Deus, Todo-poderoso, estamos livres, finalmente!"

27 agosto 2005

PAULO MORAIS - AUTARCA DENÚNCIA PRESSÕES NO URBANISMO



Em entrevista à revista Visão, o Vereador da Câmara Municipal do Porto, denunciou que tinha sido alvo de pressões, enquanto responsável pelo pelouro do Urbanismo e que tal facto não era exclusivo daquele município, mas também da maioria das restantes edilidades do país. Logo em busca de protagonismo político, insurgiram-se os futuros candidatos àquela autarquia, opositores do actual Presidente e também novamente candidato, Dr. Rui Rio.
O que diriam estes opositores, não é necessário ser bruxo para saber o que iam dizer. Espantosa sim, é a intervenção de Fernando Ruas, actual Presidente da Associação Nacional de Municípios e edil de Viseu, em defesa do seu partido e dos seus "associados", mais quis fazer parecer que se tratava de uma entrevista a alguém ressabiado por não ter sido convidado a fazer parte das próximas listas do PSD. Parece que o Sr. Ruas ou anda desatento ou não vive neste país. Em primeiro lugar veio logo dizer, que Paulo Morais denunciasse as pessoas que o precionaram. Ora, na própria entrevista, embora tenha dito que muita coisa ficava para as suas memórias, também enunciou muitos nomes. Depois, é do conhecimento público e é falado à boca cheia, pelos concelhos deste país. É igualmente sabido que de muitas das listas quer às Câmaras quer às Juntas de Freguesia, ou que estão inscritos como militantes, construtores, engenheiros e advogados a troco de benesses ou protagonismo. Que muitas construções ilegais ou melhoramentos sem licenciamento foram efectuados com o apadrinhamento de muitos autarcas ou então "untando" as mãos dos fiscais camarários. Esta entrevista é uma pedrita num charco, que não convêm levantar muita onda, porque muita gente teria de saltar do navio.

26 agosto 2005

A DIFERENÇA DE TRATAMENTO PELA COMUNICAÇÃO SOCIAL

“Se Durão ou Santana tivessem ido dar um mergulho às Berlengas enquanto os sinos repicassem por haver fogo numa bouça no Vimioso ou numa quintarola no Fundão, o que não diriam PS e comunicação social”
Vasco Graça Moura, eurodeputado, in Diário de Notícias

“A exploração demagógica do tema das minhas férias tem sido injusta e mesquinha. As criticas não são próprias da política, mas da politiquice.”
José Sócrates, Primeiro-Ministro, in 24 Horas

Se os blogues são o quinto poder, tal como afirma o Professor Vital Moreira, não o sei se o são ou não, mas a comunicação está num nível de poder bem mais acima. Infelizmente a comunicação do nosso país é muito parcial e se os Governos deste país nos últimos anos são eleitos ou demitidos, deve-se sobretudo a este “poder” de manipular a comunicação que tendenciosamente é de esquerda. Felizmente os blogues devido à sua espontaneidade são mais imparciais, mesmo que muitas vezes escritos por pessoas mais ligadas à esquerda.
Comparando estas duas citações e contrastando os factos, a primeira revela bem que se semelhante facto acontecesse, ai Jesus que caía o Carmo e a Trindade, enquanto que apesar de sentir injustiçado o nosso PM pelas criticas apontadas ao facto de este não interromper as suas férias devido à calamidade que o país atravessa devido aos fogos, até que foi poupado e ao fim de alguns dias toda a gente já se esqueceu.
Quanto a mim, não era o facto de o PM interromper o seu Safari no Quénia, com a sua família, e pago do seu Bolso, que o país iria deixar de arder. Está na hora de atribuir a culpa a quem de justiça, ou seja, os próprios proprietários, porque não limpa as florestas. Se o PM e o Governo alguma culpa tem é porque não se preveniu atempadamente de meios necessários para o combate às chamas, mas, este pecado não pode ser imputado apenas a este Executivo mas também aos anteriores por falta de legislação necessária, que obrigasse os desleixados portugueses que se não for pela via coerciva nada fazem e vivem no normal “deixa andar”.

25 agosto 2005

CITAÇÔES - E. J. Phelps

"O homem que não comete erros geralmente não faz nada."

E. J. Phelps, Advogado, Estados Unidos, [1822-1900]

24 agosto 2005

AGORA PERCEBI PORQUE NÃO AS OIÇO BEM

Segundo o jornal Daily Mirror (de 06 de Agosto), 6 investigadores da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, constataram que as vozes femininas, agudas e musicais, são mais difíceis de descodificar pelos homens do que os sons emitidos pelos machos.

CITAÇÕES - SÓCRATES - CASAMENTO E FILOSOFIA

"Em todo o caso, casai-vos. Se por casualidade dás com uma boa mulher, serás feliz: se vos calhar uma má tornar-vos-eis filósofos, o que é excelente para os homens."
Sócrates, filósofo grego

MY COMMENTS: Basta conviver e lidar com as mulheres, para nos tornarmos filósofos, sem ser preciso casar. São já tão complexas por natureza que para as entender-mos somos quase obrigados a defender uma tese em filosofia, mas, tal como na informática, quando compramos um computador, logo na semana seguinte já esta desactualizado, o mesmo acontece sobre o que se "pense" sobre elas. Qualquer pensamento mais profundo sobre as mulheres está em permanente actualização.

ÂNGELO CORREIA



Foto de Nuno Ferreira Santos/PÚBLICO
Em entrevista ao jornal Independente e à revista Sábado, este ex-deputado, ironizava, que se baixassem os salários e retirassem os benefícios das reformas "precoces" que os políticos, futuramente na Assembleia da República, só se sentariam, santos e desempregados. Cabe perguntar, mas se ganham assim tão mal e têm quem lhes pague melhor porque continuam lá? Para o trabalho que produzem, não estarão bem pagos? Quantos deputados cumprem a legislatura sem uma única intervenção na Assembleia e/ou nas várias Comissões? Infelizmente, muitos, e só servem para fazer número.

MÁRIO SOARES CONCORRE NOVAMENTE A BELÉM?



Assim vai o estado da nossa política. Nesta “silly season” não bastava as notícias que se repetem todos os anos, como já se começa a tornar repetitivo que Mário Soares vai concorrer a algum cargo político. Que mais ambiciona este homem? As pessoas são livres de concorrem aos lugares a que, quando e como quiserem, mas a um homem que já concorreu e cumpriu dois mandatos como Presidente da República, e quando ele posteriormente a este cargo, concorreu ao Parlamento Europeu já achei um absurdo, mas voltar a concorrer ao mais alto cargo da nação entendo como uma obsessão política de querer estar sempre na ribalta. Será que a esquerda não tem mais gente à altura de concorrer com o provável candidato Cavaco Silva? E Manuel Alegre, onde fica nesta história? Alguém sabe o que pensa José Sócrates, acerca da trapalhada em que vai estar metido?

23 agosto 2005

CITAÇÕES - MARIA DE BELÉM ROSEIRA



"Não tenho é tempo para blogues: são só para quem tem uma vida organizada. Ou para quem tem pouco que fazer."

"Passo o ano a ler relatórios e documentos de estudo. Só durante as férias é que consigo ler com mais gosto: para me divertir. Também releio. Agora, pela segunda vez, estou a ler o Código da Vinci."

Maria de Belém, in Sábado

MY COMMENTS: Aprecio a forma de diversão que escolhe para o tempo férias porque é igual à minha. Mas como terá tempo para os blogues se o gasta em releituras, ainda mais de livros recentes.

CITAÇÕES - RITA PEREIRA



"Sinto que não tenho tudo no sítio."
Rita Pereira, actriz, in Nova Gente

MY COMMENTS:
Adoro estas beldades, que admitem ser "humanas" e que não perfeitas. Mas estou curioso. O que não estará no sítio?

22 agosto 2005

COITADOS DOS IMIGRANTES

Recentemente foi desmantelada uma "organização" dentro do próprio Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que concedia vistos fraudulentos. Também hoje vinha noticiado no diário espanhol "El Mundo" que foi capturada também uma rede que promovia a imigração ilegal e desfalcava os já desprotegidos imigrantes. Notícias como esta não são novidade. Eu, que por motivos profissionais tenho um contacto permanente com imigrantes, não foram poucas as vezes que se comentavam factos como estes. Mas esta realidade não acontece apenas em Portugal ou Espanha. Nos países receptores de imigração, infelizmente existe sempre gente que se aproveita da fragilidade destes homens e mulheres que principalmente por motivos de ordem económica têm de deixar as suas famílias e a sua pátria. São eles agentes de viagens, são eles membros de redes de tráfico, são eles patrões que ou pagam salários baixos ou algumas vezes nem pagam ou que retêm indevidamente o dinheiro dos impostos ou da segurança social. Os Governos destes países são também culpados da existência destes factos. Primeiro pela burocracia exigida para a legalização da permanência, falta de campanhas de consciencialização nos seus principais países exportadores de imigrantes, falta ou insuficiência de informação nos Serviços Consulares.

USO INDEVIDO DE EMBARCAÇÃO DA GNR

Se os políticos usam e abusam da má gestão dos dinheiros públicos porque não há-de um simples Sargento da Brigada Fiscal da GNR passar um belo dia de Verão com a família e amigos num barco do Estado. Recentemente foi um Comandante de uma Corporação de Bombeiros que utilizou um helicóptero, agora foi a vez deste simples Sargento. Este país é uma maravilha, pois pagamos impostos para serem mal geridos. Viva Portugal.

ARMANDO VARA NA CGD



Foto retirada do CM
Já não espantam nada, pelo menos a mim, as nomeações políticas com cheiro a tacho. Sempre que o Governo muda de cor, desde logo é de esperar a "Dança das Cadeiras" em tudo que se diz respeito a empresas e organismos cujas Administrações e chefias dependem do Governo. Provavelmente o povo aceitava mais fácil a verdadeira justificação - é tacho - do que a apresentada como sendo verdadeira. Só por pertencer 20 anos aos quadros é justificação para a nomeação de Armando Vara como Presidente do Conselho de Administração da CGD? Porque querer justificar o injustificável e óbvio? Que formação tem este homem para dirigir a maior instituição financeira do país? Este país é engraçado, foi Ministro e foi forçado a demitir-se, mas agora é compensado com esta super nomeação.

ASSASSINATO DO IRMÃO ROGER



foto retirada de www.taize.fr
No passado dia 16 de Agosto, fiquei chocado ao tomar conhecimento do assassinato do Irmão Roger da Ordem Taizé, por uma romena. Desconheço os motivos que levaram esta mulher a cometer tal loucura, mas tirar a vida a ser humano assim, não tem qualquer justificação, ainda mais de um homem como o Irmão Roger. Com esta morte, a juventude perde uma das suas grandes referências religiosas dos dias de hoje. Espero que na Ordem de Taizé o seu futuro responsável consiga dar continuidade à obra do fundador. O ano de 2005 vai ficar marcado na História pela morte de dois grandes homens que aproximaram e mobilizaram milhares de jovens do mundo em nome de Jesus Cristo.

21 agosto 2005

BENTO XVI E OS JOVENS



A primeira visita papal de Bento XVI ao estrangeiro, coincidentemente o seu país natal, para as Jornadas da Juventude, foi um autêntico sucesso. Sem nunca o deixar de referenciar nas suas intervenções, revelou-se naturalmente autêntico na forma de saudar os jovens, não caindo na tentação de imitar o seu antecessor.
Enquanto Cardeal, a imagem que Ratzinger transmitia era de um homem pouco inacessível e antipático, com o passar do tempo, enquanto Papa revela-se exactamente o contrário.

20 agosto 2005

DE REGRESSO AO BLOG

Depois de um período afastamento de praticamente dois meses e meio, motivado primeiro por doença, seguido de um período de muito trabalho que sempre antecede o período de férias, as próprias férias, o regresso das férias também sempre com muito trabalho pelo que se vai acumulando na nossa ausência e uma adaptação a uma nova forma de vida e de estado civil, que nos obriga a partilhar o tempo que antes era mais nosso e agora temos de partilhar.
Mesmo ausente, não deixei de estar atento ao que se foi passando neste pequeno mundo e por isso estes primeiros dias de regresso comentarei provavelmente coisas que se foram passando neste período de ausência, mas que ia tomando nota a moda antiga, em pequenos pedaços de papel ou de guardanapos de café.