Escrever é mais que uma sede insaciável, quanto mais bebemos com mais sede ficamos. É uma sede que embriaga sem estarmos alcoolizados ....
Um Olhar Atento
“Deve-se estar atento às ideias novas que vêm dos outros. Nunca julgar que aquilo em que se acredita é efectivamente a verdade. Fujo da verdade como tudo, porque acho que quem tem a verdade num bolso tem sempre uma inquisição do outro lado pronta para atacar alguém; então livro-me de toda a espécie de poder - isso sobretudo” Agostinho Silva
29 fevereiro 2016
Ofereci-te o coração
Entreguei-te o meu tesouro
Embarquei a teu lado
Levaste-me para outro mundo
Porto alcançado, barco atracado
Na bagagem solidão
Fizeste de mim ilha deserta
Poseidon, Deus do mar, te rogo
provoca uma tempestade
Rezo por um naufrágio
Abalroa um bote na minha praia
Um marinheiro em busca de conquista
Do meu peito faço alvo
Uma seta que me arrebate
Desta ilha tome posse
Faça da praia habitação
Do meu coração possessão
Dê vida à vida do meu corpo
Novo sentido à Razão
Descobrir nova forma de amar
Entreguei-te o meu tesouro
Embarquei a teu lado
Levaste-me para outro mundo
Porto alcançado, barco atracado
Na bagagem solidão
Fizeste de mim ilha deserta
Poseidon, Deus do mar, te rogo
provoca uma tempestade
Rezo por um naufrágio
Abalroa um bote na minha praia
Um marinheiro em busca de conquista
Do meu peito faço alvo
Uma seta que me arrebate
Desta ilha tome posse
Faça da praia habitação
Do meu coração possessão
Dê vida à vida do meu corpo
Novo sentido à Razão
Descobrir nova forma de amar
28 fevereiro 2016
Poesia é arte
Palavras a modelar um poema
Palavras a desenhar um corpo
Palavras a pintar uma paisagem
Palavras a esculpir vida na pedra
Palavras a entalhar o amor num tronco
Palavras a musicar uma pauta
Palavras a sintetizar uma prosa
Poesia é arte
Palavras a modelar um poema
Palavras a desenhar um corpo
Palavras a pintar uma paisagem
Palavras a esculpir vida na pedra
Palavras a entalhar o amor num tronco
Palavras a musicar uma pauta
Palavras a sintetizar uma prosa
Poesia é arte
27 fevereiro 2016
Chuva intensa lá fora
o telhado um piano
teclas a soar música melancólica
convidam a uma noite romântica
lareira em combustão
apenas o lume ilumina
o fogo que aquece
o vinho que liberta
beijos que acontecem
olhar que despe a alma
mãos que despem corpos
dedos que estimulam
chão transformado em altar
corpos em êxtase
carnes que se envolvem
sexo em penetração
a tensão feita tesão
acusas-me de pirómano
incendiei-te o coração
corpos em fusão
explosão que se dá
essência que se misturam
orgasmo, prémio a paixão
o telhado um piano
teclas a soar música melancólica
convidam a uma noite romântica
lareira em combustão
apenas o lume ilumina
o fogo que aquece
o vinho que liberta
beijos que acontecem
olhar que despe a alma
mãos que despem corpos
dedos que estimulam
chão transformado em altar
corpos em êxtase
carnes que se envolvem
sexo em penetração
a tensão feita tesão
acusas-me de pirómano
incendiei-te o coração
corpos em fusão
explosão que se dá
essência que se misturam
orgasmo, prémio a paixão
26 fevereiro 2016
Um mendigo aspirante a rei
Indigente de sentimentos
Com fome de viver
Faminto de ti
Entende o pano de linho branco
Prepara-me um banquete
Leva-me para a tua mesa
Ávido da tua presença
Sacia o meu apetite
Dum beijo, faz-me um aperitivo
Alimenta-te com o teu corpo
Desejo voraz da tua carne
Sacia a minha secura
Mata a minha sede no teu peito
Arrebata o meu coração
Enfarta-me com a tua substância
Inebria-me com o teu encanto
Embriaga-me no teu prazer
Indigente de sentimentos
Com fome de viver
Faminto de ti
Entende o pano de linho branco
Prepara-me um banquete
Leva-me para a tua mesa
Ávido da tua presença
Sacia o meu apetite
Dum beijo, faz-me um aperitivo
Alimenta-te com o teu corpo
Desejo voraz da tua carne
Sacia a minha secura
Mata a minha sede no teu peito
Arrebata o meu coração
Enfarta-me com a tua substância
Inebria-me com o teu encanto
Embriaga-me no teu prazer
25 fevereiro 2016
Sentado ao espelho
Reflecte-se o homem velho
Envolvido num manto negro
Mãos que penetram entre cabelos
Um arrepio transversal
O silêncio termina
Um som metálico em percussão
O roçar acidental do teu corpo
Embala-me num sonho acordado
Despertam-se fantasias
Aguçam-se loucos sentidos
Mente e espelho, diferentes reflexos
Dalila devolve-me a liberdade
Preso a ti, sinto-me um Sansão
O segredo da força por terra
Tesoura arrumada, devolve o silêncio
Mãos que penetram os cabelos
Despertam-me do sonho acordado
Reflecte-se o homem novo
Vil espelho, ciumento do meu amor
Carlos Victorino
24 fevereiro 2016
Poesia é atracção
Namoro de palavras
Sedução de significados
Desejos em metáforas
Namoro de palavras
Sedução de significados
Desejos em metáforas
Poesia é matrimónio
União sem alianças
Contracto com um papel em branco
Casamento sem traição
União sem alianças
Contracto com um papel em branco
Casamento sem traição
Poesia é erotismo
Fantasias que inspiram
Loucuras que despertam
Sonhos que se revelam
Fantasias que inspiram
Loucuras que despertam
Sonhos que se revelam
Poesia é sexo
Masturbação de desejos
Penetração de emoções
Orgias de rimas
Masturbação de desejos
Penetração de emoções
Orgias de rimas
23 fevereiro 2016
DANÇA COM AS PALAVRAS
De porte frágil
Simplicidade que cativa
Rosto de menina
Juventude iridescente
Mulher lutadora
Coração de guerreira
Acolheu parte de mim
Ser do meu ser
Regaço que invejei
Colo que desejei
Fantasias sem pecado
Abraça o sonho
Sacia o desejo
Alimenta a loucura
Degusta cada palavra
Inebria-te com cada verbo
Abraça simplesmente abraça
Espíritos em volúptia
Numa dança com a poesia
Simplicidade que cativa
Rosto de menina
Juventude iridescente
Mulher lutadora
Coração de guerreira
Acolheu parte de mim
Ser do meu ser
Regaço que invejei
Colo que desejei
Fantasias sem pecado
Abraça o sonho
Sacia o desejo
Alimenta a loucura
Degusta cada palavra
Inebria-te com cada verbo
Abraça simplesmente abraça
Espíritos em volúptia
Numa dança com a poesia
22 fevereiro 2016
AMOR PROIBIDO
Laços que unem
Convenções que separam
Cupido, alvo censurado
Sem pontaria, amor proibido
Improvável reciprocidade
Difícil aperceber
Incorrecto declarar
Reprimido desejar
Suprimido querer
Censurada tentação
Interdito tocar
Condenável tesão
Permitido … apenas sonhar
By Carlos Victorino
Convenções que separam
Cupido, alvo censurado
Sem pontaria, amor proibido
Improvável reciprocidade
Difícil aperceber
Incorrecto declarar
Reprimido desejar
Suprimido querer
Censurada tentação
Interdito tocar
Condenável tesão
Permitido … apenas sonhar
By Carlos Victorino
21 fevereiro 2016
AS ESTAÇÕES DO AMOR
PRIMAVERA, A descoberta
O grão lançado à terra
A semente que germina
A flor que desponta
O verde toma conta dos campos
A atracção que floresce
O enamoramento, a conquista
Juras de amor eterno
Talhados corações em troncos
VERÃO, A paixão
Campos e corpos tornam-se dourados
O calor que liberta
Os corpos despidos
Dias grandes, todo o tempo do mundo
Curtas as noites, longa a êxtase
O amor em celebração
OUTONO, O desalento
O castanho substitui a passadeira vermelha
Estagna-se o arrebatamento
Sentimentos que se amenizam
Caem folhas, caem máscaras
Na fortaleza abrem-se brechas
Folhas que resistem, em expectação
De mãos dadas em superação
Vinho em fermentação até à nova Primavera
Folhas que se resignam ao tempo
Levadas pelo vento sem rumo
Memórias que a chuva afogará
INVERNO, O arrefecimento
Raízes arrancadas, troncos caídos
As cores morrem, sobrevive o branco
Tudo se vê opaco, sem brilho
O frio converte ao individualismo
Fechados numa carapaça, em hibernação
Envolvidos em sonhos de saudade dos dias estios
Inverno não é morte, é apenas o renascer
O grão lançado à terra
A semente que germina
A flor que desponta
O verde toma conta dos campos
A atracção que floresce
O enamoramento, a conquista
Juras de amor eterno
Talhados corações em troncos
VERÃO, A paixão
Campos e corpos tornam-se dourados
O calor que liberta
Os corpos despidos
Dias grandes, todo o tempo do mundo
Curtas as noites, longa a êxtase
O amor em celebração
OUTONO, O desalento
O castanho substitui a passadeira vermelha
Estagna-se o arrebatamento
Sentimentos que se amenizam
Caem folhas, caem máscaras
Na fortaleza abrem-se brechas
Folhas que resistem, em expectação
De mãos dadas em superação
Vinho em fermentação até à nova Primavera
Folhas que se resignam ao tempo
Levadas pelo vento sem rumo
Memórias que a chuva afogará
INVERNO, O arrefecimento
Raízes arrancadas, troncos caídos
As cores morrem, sobrevive o branco
Tudo se vê opaco, sem brilho
O frio converte ao individualismo
Fechados numa carapaça, em hibernação
Envolvidos em sonhos de saudade dos dias estios
Inverno não é morte, é apenas o renascer
20 fevereiro 2016
Gosto de almas como poesia. E como se vê isso? A poesia espelha-se no rosto, exprime-se na forma como se move o corpo e acima de tudo pela forma de vida, pelas atitudes. Saber viver em estado de permanente loucura, saber voar até à lua sem deixar de ter os pés assente na terra ...
18 fevereiro 2016
Nasce a lua, cai a noite
entre sete colinas
dois estranhos um encontro
dois pares de pernas que se chocam
uma tela branca intacta
ganha cor com o desenho do teu corpo
uma folha branca virgem
ganha vida com um poema para ti
copos gelados que se esvaziam
copos que se enchem com histórias
Vai-se a lua, avizinha-se o dia
dois conhecidos, a separação
um par de pernas, choca com a tua ausência
Carlos Victorino
17 fevereiro 2016
01 fevereiro 2016
ARTE EM BRANCO
Num quadro alabastrino vazio
Uma tela branca intacta
Como lençol imaculado que envolve a virgem
A luz do sol que ilumina
Uma sombra dá cor ao descolorado
O opaco converte-se em translúcido
Reflecte-se o doirado e o escarlate
Outra sombra abraça a sombra
Cores que se misturam
Um pincel numa dança envolvente
O sol dá lugar à lua
As sombras esfumam-se na noite
O pintor desperta do sonho
O quadro permanece incolor
A tela branca vincada
dos traços invisíveis do artista
como lençol com teu corpo marcado
Carlos Victorino