Capicua literária
Nem quero pensar no tempo que algum cromo deve ter gasto para descobrir isto...
Sabiam que a seguinte frase:
"SOCORRAM-ME SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS"
lida da direita para a esquerda é exactamente a mesma coisa???
“Deve-se estar atento às ideias novas que vêm dos outros. Nunca julgar que aquilo em que se acredita é efectivamente a verdade. Fujo da verdade como tudo, porque acho que quem tem a verdade num bolso tem sempre uma inquisição do outro lado pronta para atacar alguém; então livro-me de toda a espécie de poder - isso sobretudo” Agostinho Silva
Nem quero pensar no tempo que algum cromo deve ter gasto para descobrir isto...
Os meus gostos são muito variados e gosto de ler vários géneros. Aqui poderia estar horas a "falar". Mas na minha adolescência dois livros me marcaram, “As Viagens de Marco Pólo”, “As Aventuras de Tom Sawyer” e “O Principezinho”. Na juventude as minhas leituras eram mais revistas e jornais. Tenho ainda no sótão a maioria da antiga Sábado, o primeiro número do Público, DN sempre, Correio da Manhã que era o mais acessível em tudo que era café, Expresso. Quando estudava na Secundária, bem que os profes mandavam ler os clássicos e para ultrapassar a coisa aquelas sebentas baratas resultaram, mas foi aos 18 aninhos que me apaixonei de facto por devorar livros. Uns me marcaram outros não. Sem ordem de preferência vou revelar daqueles que a memória ainda me lembra. Quem se lembra das histórias do Don Camillo do Guareschi (adaptado pró cinema por Fernadel), O Príncipe de Maquiavel; O Processo, de Kafka. Dos clássicos dos clássicos estrangeiros, “Os Miseráveis” de Victor Hugo; “Don Quixote” do Cervantes; “Crime e Castigo” do Dostoiewski; “Os Três Mosqueteiros” de Alexandre Dumas; “Por Quem os Sinos Dobram” de Hemimgway; “Fernão Capelo Gaivota” de Richard Bach; “O Grande Gatsby” de F. S. Fitzgerald e “O Triunfo dos Porcos” de Orwell. Dos clássicos portugueses primeiro dediquei-me a ler todos os livros de Júlio Dinis e daí o despertar da paixão para ler os outros autores da nossa terra. Do grande Eça elegi três, “Os Maias”, “O Crime do Padre Amaro” e “A Ilustre Casa de Ramirez”; do Camilo adorei “Amor de Perdição”. Alexandre Herculano e Garret não me tocaram nada. Depois vieram os que conforme iam sendo lançados e que iam sendo lançados ou relançados, “A Insustentável Leveza do Ser” e “Imortalidade” de Milan Kundera, “Cem Anos de Solidão” e a “Crónica duma Morte Anunciada” (tenho já para ler “Viver para Contá-la” e a “Crónica das Minhas Putas Tristes”) de Garcia Marquez, “Mulheres” de Charles Bukowski, “Sexus” os 2 "Trópicos" de Henry Miller; “Perfume” de Patrick Suskind; “O Diário de Anne Frank”. A minha paixão pela cultura oriental despertou-me a vontade de ler dois livros que recordo ainda, as “Memórias de Uma Gueixa” de Artur Golden e “Cisnes Selvagens” de Jung Chang. De Paulo Coelho e Isabel Allende, já li quase tudo e gostei. Da Susana Tamaro achei interessante "Vai aonde te leva o Coração". Do chileno Luís Sepúlveda o que mais gostei foi "O Velho que Lia Romances de Amor". Nas minhas múltiplas viagens a Espanha perco horas nas livrarias de lá mas os meus escritores espanhóis de eleição continuam a ser Camilo José Cela e Arturo Pérez-Reverte. Adoro mas infelizmente não dedico muito tempo à poesia e apenas vou lendo uns trechos, mas Herberto Hélder, Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) e Alexandre O'Neill e o chileno Pablo Neruda, são os meus eleitos. Estou em dívida com Agustina Bessa Luís, Shophia Mello Breyner e António Lobo Antunes porque embora tenha muita curiosidade em conhecer as suas obras, o tempo não chega para tudo. Do nosso Nobel tenho parte da sua bibliografia mas ainda não houve vontade de conhecer.
Na maioria dos sites, que nos inscrevemos, sejam blog’s, orkut’s ou outros, pedem-nos sempre que façamos um “profile”, mas limitam-nos a escrita em meia dúzia de caracteres e acabamos por não revelar tudo o que queremos.