Um Olhar Atento
“Deve-se estar atento às ideias novas que vêm dos outros. Nunca julgar que aquilo em que se acredita é efectivamente a verdade. Fujo da verdade como tudo, porque acho que quem tem a verdade num bolso tem sempre uma inquisição do outro lado pronta para atacar alguém; então livro-me de toda a espécie de poder - isso sobretudo” Agostinho Silva
15 fevereiro 2006
14 fevereiro 2006
CAMÕES, INTREPERTADO POR UMA ESTUDANTE BAIANA
Certo dia, num vestibular da Universidade da Bahia (Brasil), foi solicitada aos candidatos a interpretação do seguinte trecho de poema de Camões:
"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer...".
Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:
"Ah! Camões, se vivesses hoje em dia, tomavas uns antipiréticos, uns quantos analgésicos e Prozac para a depressão. Compravas um computador, consultavas a internet e descobririas que essas dores que sentias, esses calores que te abrasavam, essas mudanças de humor repentinas, esses desatinos sem nexo, não eram feridas de amor, mas somente falta de sexo!"
Foi-lhe atribuída a nota máxima. Foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era mulher!
HOMENAGEM AO AMOR
Neste dia de São Valentim, também conhecido por "Dia dos namorados", a melhor homenagem que poderia prestar, a todos os amantes deste Mundo, era transcrever aqui uns dos mais belos sonetos de amor que conheço, escritos como só poderiam ter sido por um português, o grande Luís vaz de Camões.
Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói e não se sente,
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer,
É um andar solitário entre a gente,
É nunca contentar-se de contente,
É um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade,
É servir, a quem vence, o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Se pena por amar-vos se merece,
Se pena por amar-vos se merece,
Quem dela livre está, ou quem isento?
Que alma, que razão, que' entendimento
Em ver-vos se não rende e obedece?
Que mor glória na vida s'oferece
Que mor glória na vida s'oferece
Que ocupar-se em vós o pensamento?
Toda a pena cruel, todo o tormento
Em ver-vos se não sente, mas esquece.
Mas se merece pena quem amando
Mas se merece pena quem amando
Contino vos está, se vos ofende,
O mundo matareis, que todo é vosso:
Em mim podeis, Senhora, ir começando,
Em mim podeis, Senhora, ir começando,
Que claro se conhece e bem se entende
Amar-vos quanto devo e quanto posso.
13 fevereiro 2006
A MORTE DE OUTRO FILÓSOFO
Se por um lado hoje lembramos o nascimento do nosso “filósofo” Agostinho da Silva, por outro lembramos a morte de um dos maiores filósofos alemães – Immanuel Kant. Estudei no liceu três anos filosofia, por opção e não para fugir às matemáticas, como muitos. Se sou apaixonado pelo filósofos gregos, mais ainda sou apaixonado pelas filosofias de Kant, Hegel, Heidegger, Friedrich Nietzsche, Karl Marx, Friedrich Engels e pelo pensador católico dinamarquês Søren Kierkegaard.
Sou Marujo, Mestre e Monge
Sou Marujo, Mestre e Monge
Sou marujo, mestre e monge
marujo de águas paradas
mas que levam os navios
às terras por mim sonhadas
Também sou mestre de escola
Também sou mestre de escola
em que toda a gente cabe
se depois de estudar tudo
sentir bem que nada sabe
Mas nem terra ou mar me prende
Mas nem terra ou mar me prende
me para voar mais longe
do mosteiro que não houve
Agostinho da Silva
12 fevereiro 2006
PORQUE HOJE É DOMINGO
Durante alguns anos, deixei de cumprir o culto regular dominical da missa. Ora, umas vezes porque o tempo livre não o permitia, outras por comodismo. Neste tempo não abandonei a Igreja, mas optei por um culto de silêncio e contemplação. Sempre que passo numa Igreja, entro e gosto de ali estar em silêncio a orar e contemplar. Preciso de viver no silêncio, só assim consigo ouvir a voz de Deus. Aliás, creio que todo o homem religioso, independentemente de qual a sua religião, precisa de momentos de recolhimento nos seus tempos.
11 fevereiro 2006
MEMÓRIAS DE UMA GUEIXA
Sempre foi um apaixonado cultura asiática, sobretudo pela nipónica. O grande sonho da minha vida é conhecer o Japão. Já tinha tido o privilégio de ler o livro de Arthur Golden, que agora serviu de base ao filme realizado por Rob Marshall e que hoje num fim de tarde de sábado, desfrutei como só num cinema se consegue dum bom momento cinematografico. Aconcelho vivamente não só o livro como também o filme.
10 fevereiro 2006
É ASSIM QUE HOMENAGEAMOS OS NOSSOS POETAS?
Hoje quando passei no Centro Comercial Colombo, decidi parar quer nas livrarias da Fnan, quer da Bertrand, porque queria comprar os livros que compõe a obra do Manuel Barbosa do Bocage. Para tristeza minha e lá muito a custo, encontrei na Fnac três livros. Para que o grande poeta sadino não fique esquecido. No ano passado que deveria relembrar com mais duzentos anos da sua morte, nada praticamente foi feito e apenas é emitido no “Canal 1” da RTP uma mini-série.
Para que a sua obra não fique esquecida, transcrevo aqui um dos seus sonetos.
SONETO DE TODAS AS PUTAS
Não lamentes, oh Nise, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putíssimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes putas têm reinado:
Dido foi puta, e puta d'um soldado;
Cleópatra por puta alcança a c'roa;
Tu, Lucrécia, com toda a tua proa,
O teu cono não passa por honrado:
Essa da Rússia imperatriz famosa,
Que inda há pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil porras expirou vaidosa:
Todas no mundo dão a sua greta:
Não fiques pois, oh Nise, duvidosa
Que isso de virgo e honra é tudo peta.
09 fevereiro 2006
08 fevereiro 2006
07 fevereiro 2006
06 fevereiro 2006
GIORGIO BAFFO
Hoje quando foi visitar a minha mãe, estava a procurar na minha alguns livros na minha biblioteca, para ler nos meus serões na minha casa. Deparei com um livro de “Sonetos Eróticos”, deste italiano quase contemporâneo do nosso grande Bocage. Estes grandes poetas, ousados para a sua época arriscaram serem atrevidos e com grande naturalidade escrever sobre o sexo. Rápidamente" devorei o livro, e em sua homenagem transcrevo, dois dos sonetos que achei mais ousados.
Qu’rida racha, no meio de duas colunas,
ali metida estás, qual capitel,
por cúpula tens duas grandes bundas,
e o olho do cu por cima é o teu céu.
P’ra que venha adorar-te toda a gente
coberta ficas sob um branco véu,
que quando alguém te eleva e apresenta
tomba no teu altar todo o pincel.
O sacro bosque pareces de Diana,
tendo por entrada uns bigodões
conduzindo ao maná que enche a tua arca.
P’ra milagres não esperas ocasiões
pois que da tua nascente jorra uma água
que aos mortos dá vida e força aos colhões.
******* ******* *******
É na verdade a cona um bom pitéu
e creio que não desagrada a ninguém,
quem lhe torce o nariz não entendo eu,
embora ela não cheire nada bem.
Mas ai, que o olho do cu também é gente,
que é uma boa traseira da mansão,
e se alguém o beijar, é mais que assente
que nunca mais lhe perde a devoção.
Buracos são os dois, e não tem jeito
só a um dar o primado. Já se sabe
que não é de gabar dos dois o cheiro;
mas cá por mim, p´ra dizer a verdade,
creio que o olho do cu dá mais proveito:
está mais fresco o pau, mais apertado.
Qu’rida racha, no meio de duas colunas,
ali metida estás, qual capitel,
por cúpula tens duas grandes bundas,
e o olho do cu por cima é o teu céu.
P’ra que venha adorar-te toda a gente
coberta ficas sob um branco véu,
que quando alguém te eleva e apresenta
tomba no teu altar todo o pincel.
O sacro bosque pareces de Diana,
tendo por entrada uns bigodões
conduzindo ao maná que enche a tua arca.
P’ra milagres não esperas ocasiões
pois que da tua nascente jorra uma água
que aos mortos dá vida e força aos colhões.
******* ******* *******
É na verdade a cona um bom pitéu
e creio que não desagrada a ninguém,
quem lhe torce o nariz não entendo eu,
embora ela não cheire nada bem.
Mas ai, que o olho do cu também é gente,
que é uma boa traseira da mansão,
e se alguém o beijar, é mais que assente
que nunca mais lhe perde a devoção.
Buracos são os dois, e não tem jeito
só a um dar o primado. Já se sabe
que não é de gabar dos dois o cheiro;
mas cá por mim, p´ra dizer a verdade,
creio que o olho do cu dá mais proveito:
está mais fresco o pau, mais apertado.
05 fevereiro 2006
04 fevereiro 2006
03 fevereiro 2006
02 fevereiro 2006
01 fevereiro 2006
AUMENTAR O “Air bag” PARA QUE?
Paola Oliveira, actriz de "Belíssima"
"Já fui duas vezes ao cirurgião plástico com o objectivo de implantar próteses nos seios, pois vim ao mundo desprovida dessa área"
MY COMMENTS: Esta actriz já caiu no gosto dos marmanjos. No entanto, como toda mulher, ela acha que pode melhorar aqui e acolá. No caso da actriz, o desejo é de dar um reforço no air bag, mas para que se já é tão belíssima assim.
"Já fui duas vezes ao cirurgião plástico com o objectivo de implantar próteses nos seios, pois vim ao mundo desprovida dessa área"
MY COMMENTS: Esta actriz já caiu no gosto dos marmanjos. No entanto, como toda mulher, ela acha que pode melhorar aqui e acolá. No caso da actriz, o desejo é de dar um reforço no air bag, mas para que se já é tão belíssima assim.